O Estado Islâmico de Khorasan (Isis-K), braço do Estado Islâmico na Ásia Central, reivindicou nesta quinta-feira, 26, a autoria dos atentados que deixaram dezenas de mortos perto do aeroporto de Cabul. A informação foi divulgada em comunicado pela agência de notícias da organização radical islâmica, “Amaq”, em seus canais de propaganda na internet. O Pentágono confirmou 13 mortes de militares do país e disse que há pelo menos 15 agentes feridos. “Apesar desses ataques, nós vamos continuar com essa missão. A retirada vai continuar”, disse. Um número exato de vítimas ainda não foi divulgado, mas autoridades locais estimam que pelo menos 90 civis afegãos tenham morrido nos dois ataques.
Ainda na terça-feira, 24, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tinha alertado em comunicado oficial sobre a possibilidade de um ataque terrorista articulado pelo grupo, que rejeita a ideia de “estados nacionais” na região. Segundo especialistas, o grupo extremista funciona de forma semelhante ao Estado Islâmico “tradicional”, que nega a existência de países como Síria e Iraque, mas tem a denominação de “Khorasan” porque remete à região com mesmo nome formada antes de influências imperiais ou colonialistas que dividiram a Ásia Central e outras partes do mundo por séculos. Eles se posicionam contra o Talibã e passaram a articular ataques na região na metade dos anos 2010, chegando a causar uma “união inusitada” entre forças afegãs, norte-americanas e os fundamentalistas contra o grupo.
Fonte: Jovem Pan