A cidade de Brasília completa 62 anos nesta quinta-feira, 21. Inaugurada em abril de 1960 a pedido do presidente Juscelino Kubitschek, a capital federal é um polo arquitetônico com obras do engenheiro Lúcio Costa, amigo pessoal do arquiteto Oscar Niemeyer. A construção da cidade movimentou cerca de 60 mil pessoas, entre operários, engenheiros, cozinheiros e mestres de obras, que tinham pressa para construir cada edifício em tempo recorde e dar vida à famosa frase: “50 anos em cinco”. Agora, anos mais tarde, quem chega à Brasília tem como uma dos principais pontos a ladeira que dá acesso ao Congresso Nacional. No caminho, é possível ver as famosas tosses do Congresso brasileiro, também conhecido como estátua de Brasília, assim como os primeiros traços de Niemeyer: a Biblioteca Nacional, o Museu da República, a Catedral de Brasília e os famosos prédios retangulares, que são os mais procurados pelos visitantes. “Esse é o ponto que mais chama atenção do turista. A Esplanada dos Ministério, o urbanismo que compõem com o céu e ao mesmo tempo forma esse conjunto harmonioso. De uma maneira positiva afronta o visitante e não se vê isso em outro ugar”, diz a guia turística Maria José.
A obra mais emblemática da cidade, o Congresso Nacional, era chamada pelos operários de “28”, pelo número da andares em cada uma das torres. Outro ponto de atenção é o extenso gramado localizado em frente ao prédios do Legislativo, pensados por Oscar Niemeyer para que fosse usado exclusivamente para manifestações e protestos populares, o que – anos depois – é realidade. Em outra parte de Brasília, as áreas residenciais também merecem destaque pela forma pouco convencional. As ruas, por exemplo, não recebem nomes e cada uma é definida por uma sigla e um número. Os quarterões, por sua vez, foram projetados para parecer um bosque e cada prédio tem seis andares, sem poder passar disso. Poucos edifícios têm garagens e estruturas modernas não são permitidas. As quadras do chamado Plano Piloto são tombadas. Ou seja, não podem sofrer alterações. Ainda sobre o plano que definiu o modelo da capital do Brasil, embora parte dos moradores considere que a cidade segue a forma de um avião, na verdade, o planejamento não era esse. “Quem vivia em Brasília e comparava Brasília com um avião, ele [Lúcio Costa], que era um urbanista e um humanista por excelência, disse que não. Antes comparasse Brasília com uma libélula, com uma borboleta, que são seres vivos, orgânico como é Brasília, não com um avião, que é uma máquina”.
*Com informações da repórter Francy Rodrigues