Campeões nos anos 50 e 60, Palmeiras e Santos querem reconquistar o Maracanã

Palmeiras e Santos se enfrentam neste sábado no mítico estádio do Maracanã, na final da Copa Libertadores

Neste sábado, 30, na final da Copa Libertadores da América 2020, Palmeiras e Santos têm a oportunidade de voltar aos tempo de glória no Maracanã após mais de meio século. Tanto alviverdes quanto alvinegros já tiveram o estádio carioca como palco de conquistas memoráveis. Quem abriu o caminho na Cidade Maravilhosa foi o Verdão, que vingou um dos episódios mais dolorosos do futebol nacional. Em 1950, o povo brasileiro havia sofrido com a derrota da seleção para o Uruguai na decisão da Copa do Mundo, o famoso ‘Maracanazo‘. Como forma de reavivar os ânimos da população, a Confederação Brasileira de Desporto (entidade que precedeu a CBF) pediu ajuda à Fifa para realizar a primeira competição interclubes da história. O pedido foi atendido e a Copa Rio teve sua edição inaugural em 1951. Vasco, Sporting, Áustria Viena, Nacional do Uruguai, Palmeiras, Juventus, Estrela Vermelha e Nice foram os participantes em dois grupos: o do Rio de Janeiro e o de São Paulo. Após 18 partidas, Palmeiras e Juventus disputaram a final no Maracanã em dois jogos. O primeiro teve vitória do Verdão por 1 a 0, e o segundo, um empate em 2 a 2. A vitória alviverde foi anunciada pelos jornais da época como um feito inédito de “campeão mundial”. O título realmente pegou e, na chegada a São Paulo, na estação Roosevelt de trem, a equipe foi saudada por milhares de torcedores.

Dezoito anos depois, era a vez do Santos conquistar o mundo em pleno Maracanã. A equipe de Pelé já tinha conquistado a Copa Intercontinental em Portugal, em 1962, após vitória por 5 a 2 contra o Benfica — o primeiro jogo, aliás, foi realizado no mítico estádio carioca e terminou com triunfo do Alvinegro Praiano por 3 a 2. No ano seguinte, a equipe seguiu um enredo parecido com o do rival: final no Rio contra um esquadrão italiano. Bi da Libertadores, o Santos enfrentou o Milan, então campeão europeu, na grande decisão. Na primeira partida, disputada na Itália, os santistas perderam de 4 a 2 (com dois gols de Pelé). No jogo de volta, no Rio de Janeiro, sem a participação do Rei, Pepe marcou duas vezes e foi quem comandou a equipe na vitória pelo mesmo placar de 4 a 2 (Almir e Lima também balançaram a rede), após o time praiano ter ido para o intervalo perdendo por 2 a 0. Em uma terceira partida, o Peixe se deu melhor com gol de Dalmo, de pênalti, aos 31 minutos, levando pela segunda vez a taça de campeão mundial para a Vila Belmiro. Segundo Wanderley Nogueira, comentarista da Jovem Pan, aquela equipe encantou a todos os brasileiros. “A imprensa dizia que não existia time melhor naquela primeira metade dos anos 60. Pelé, Coutinho e Pepe eram reverenciados em todos os lugares em que jogavam. Um timaço com taças e mais taças acumuladas”, relembrou.


Fonte: Jovem Pan

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