O Procurador-Geral da República, Augusto Aras, tomou posse nesta quinta-feira, 23, para seu segundo mandato de dois anos. Em discurso, ele afirmou que a PGR não será instrumento de briga política, muito menos de perseguição. Aras foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em 2019 e reconduzido ao cargo neste ano, após ser aprovado em sabatina no Senado. “Para além dos números, há a concretude da pacificação, da estabilidade, do sentimento de que a caneta do PGR não será instrumento de peleja política, menos ainda de perseguição. Mas será sempre a caneta que o legislador constituinte de 1988 lhe confiou para cumprir os seus deveres insculpidos na lei maior da República, a Constituição”, declarou o Procurador-Geral da República.
Aras também falou sobre o combate à corrupção e defendeu a política como solução de conflitos. “Quem não faz política faz guerra, e nós não queremos guerra. Queremos paz e harmonia sociais. Não cabe ao Ministério Público Federal atacar passionalmente indivíduos, instituições, empresas ou mesmo a política. O enfrentamento à corrupção requer investigação e metodologia científica, pois sua finalidade não é destruir reputações, empresas, nem carreiras, mas proteger bens jurídicos com observância do devido processo legal”, disse. Em seu pronunciamento, o PGR ainda agradeceu Bolsonaro, que acompanhou a cerimônia por videoconferência. “Reitero a minha lealdade à Constituição e às leis do país, na defesa da ordem jurídica, dos interesses sociais e individuais disponíveis e do regime democrático. Nosso compromisso é com a totalidade dessa grandiosa e multifacetada nação brasileira. Agradeço à vossa excelência, senhor presidente da República, pelo reconhecimento de nosso trabalho imparcial e coerente com o sistema republicano de freios e contrapesos, que nos exige postura tanto independente quanto harmônica para com todos os poderes e instituições que servem à nação brasileira”, declarou.
Fonte: Jovem Pan