A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou, na tarde desta sexta-feira, 18, que a Procuradoria-Geral da República (PGR) apure a suposta produção de relatórios produzidos pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para orientar a defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) no caso das rachadinhas na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). A informação de que a Abin ajudou a defesa do filho Zero Um do presidente Jair Bolsonaro foi revelada pela revista “Época” na semana passada.
Em seu despacho, ao qual a Jovem Pan teve acesso, a ministra afirma que “os fatos descritos (…) podem configurar atos penal e administrativamente relevantes (prevaricação, advocacia administrativa, violação de sigilo funcional, crime de responsabilidade e improbidade administrativa”. Segundo a reportagem da “Época”, a Abin produziu, ao menos, dois relatórios de orientação para que a defesa do senador Flávio Bolsonaro pudesse obter documentos que permitissem embasar um pedido de anulação do caso. Em novembro deste ano, o Ministério Público do Rio denunciou o parlamentar por lavagem de dinheiro, peculato e organização criminosa. Fabrício Queiroz, ex-policial militar e ex-assessor de Flávio na época em que o filho de Bolsonaro era deputado estadual, é apontado como administrador do suposto esquema.
Fonte: Jovem Pan