Casos de reinfecção podem agravar possível segunda onda no Brasil

Os pacientes que estão com suspeita de reinfecção apresentaram sintomas mais intensos da segunda vez

A cuidadora Maria Claudênia da Silva teve a Covid-19 em outubro deste ano. Agora, dois meses depois, ela está com suspeita de ter contraído o coronavírus novamente. Os sintomas foram os mesmos nas duas vezes: febre, fraqueza, perda de paladar e dificuldade para respirar. Maria Claudênia fez o exame de PCR, o do cotonete, num posto de saúde, mas o resultado ainda não saiu. “Você vai perdendo a esperança, porque você acha que pegou a primeira vez, se curou e que tá ok. Mesmo continuando com todos os cuidados do álcool em gel e sempre com aquele medo: ‘será que eu vou ser internada, vou ser entubada e de lá eu morro?'”

O primeiro caso de reinfecção foi confirmado no Brasil na semana passada. É o de uma médica que atua no Rio Grande do Norte e na Paraíba, que contraiu uma linhagem do coronavírus diferente da primeira infecção, quatro meses antes. O segundo caso foi confirmado na quarta-feira, 16, em São Paulo. O infectologista Max Igor Lopes explica que três fatores são levados em consideração para dizer que uma pessoa contraiu o coronavírus mais uma vez: exames positivos para o coronavírus em ambas as infecções, intervalo de três meses entre elas e sequenciamento do genoma do vírus para saber se são de linhagens diferentes ou não. “É natural que dos vírus respiratórios — e coronavírus é vírus respiratório — que ocorram mais de infecção na vida. Todos os vírus que circulam entre os seres humanos, como o coronavírus, respiratórios, eles causam mais de uma infecção na vida.”


Fonte: Jovem Pan

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