CBF nega interferência para a entrada de argentinos e diz que AFA foi avisada sobre protocolo

Brasil x Argentino foi suspenso pelo árbitro após interferência da Anvisa e da PF

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) emitiu uma nota na tarde desta segunda-feira, 6, afirmando que não interferiu nas entradas irregulares de Emiliano Martínez, Romero, Lo Celso e Buendía, quatro jogadores da seleção argentina, no país. No texto, a entidade brasileira alega que enviou um representante para participar da reunião com membros do Ministério da Saúde, da Anvisa, da Conmebol e da Associação Argentina de Futebol (AFA). No encontro, os argentinos teriam sido avisados sobre a Portaria Interministerial nº 655, de 2021, a qual estabelece que “viajantes estrangeiros que tenham passagem, nos últimos 14 dias, pelo Reino Unido, África do Sul, Irlanda do Norte e Índia, precisam cumprir quarentena de dez dias”. O quarteto atua no futebol inglês e, portanto, não poderia estar no estádio localizado na capital paulista.

“Nesta reunião, os representantes da Seleção Argentina foram informados de que havia uma irregularidade no ingresso dos jogadores, que eles deveriam ficar em quarentena e receberam a orientação das autoridades para solicitarem, junto aos órgãos competentes, a autorização especial para que os jogadores tivessem sua situação regularizada. Tratou-se de uma discussão técnica entre Anvisa, Ministério da Saúde e Associação Argentina”, diz a CBF, que também alega que os argentinos foram avisados quanto ao protocolo sanitário em mais duas oportunidades antes de a partida ser interrompida na Neo Química Arena, com apenas seis minutos de bola rolando.

Treinador da Argentina, Lionel Scaloni declarou, após a confusão, que o quarteto não foi comunicado quanto à necessidade da quarentena para estrangeiros no Brasil. A versão, entretanto, não bate com as notas emitidas por Anvisa e CBF. “No domingo, 5, esse pedido teve resposta oficial negativa, por parte do Ministério da Saúde à Conmebol, tendo sido notificada a Seleção Argentina, diretamente na Neo Química Arena, com tempo suficiente para adotar os procedimentos necessários”, afirma a nota da entidade que rege o futebol brasileiro. A CBF ainda reiterou que o seu papel foi “sempre na tentativa de promover o entendimento entre as entidades envolvidas para que os protocolos sanitários pudessem ser cumpridos a contento e o jogo fosse realizado.”


Fonte: Jovem Pan

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