O Brasil, de uma maneira geral, apresentou um bom desempenho nas Olimpíadas de Tóquio, batendo o recorde de pódios em sua história (21) e atingindo a melhor posição (12ª) no quadro de medalhas desde o início dos Jogos. Uma das exceções, porém, foi o vôlei, esporte que é potência no país. Na praia, nenhuma dupla brasileira chegou até a semifinal, algo que não acontecia desde que a modalidade foi colocada dentro do quadro olímpico, em Atlanta-1996. Na quadra, a seleção feminina até surpreendeu ao ficar com a segunda posição, mas a masculina, tratada como favorito antes do início da Tóquio-2020, terminou apenas no quarto lugar. Por tudo isso, a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) emitiu um comunicado nesta segunda-feira, 16, reconhecendo os resultados negativos e projetando uma melhora em Paris-2024.
“Os resultados do Brasil nos Jogos Olímpicos foram bons. O do voleibol, não, com exceção da seleção feminina de quadra, que obteve um excelente segundo lugar, melhorando, em muito, o resultado no Rio. Temos que enfrentar a realidade e usar informação de qualidade para fazer um diagnóstico e mudar o jogo rápido para o próximo ciclo olímpico. A nossa expectativa vinha baseada nos resultados anteriores, que estavam, de fato, sendo muito bons. Chegamos com algumas duplas de praia entre as primeiras do ranking – nossas duplas femininas disputaram a final do Major de Gstaad, último torneio antes das Olimpíadas – e as seleções de quadra vindo de um título e um segundo lugar na Liga das Nações. É claro que esperávamos por mais medalhas, mas é do esporte”, afirmou Adriana Behar, CEO da entidade.
A CBV, agora, promete um planejamento assertivo e com algumas reformulações. Uma das novidades é a contratação de Marcelinho Elgarten, ex-levantador medalhista olímpico, como reforço entre o quadro de colaboradores. “Temos um novo ciclo pela frente, dessa vez mais curto, onde temos de buscar um planejamento bem rebuscado. Estamos fazendo uma análise sobre o que pode ser melhorado e trazendo pessoas experientes para nos ajudar nesse trabalho para o futuro”, explicou Adriana Behar. “Estamos traçando novos caminhos com um olhar de negócios utilizando os produtos que temos – quadra, praia e CDV – dentro de uma visão mais comercial. Em paralelo a isso há um reforço na área de estratégia e governança. É prioridade para a CBV se desenvolver neste momento através de um novo modelo”, afirmou Adriana Behar.
Fonte: Jovem Pan