O chavismo venceu as eleições parlamentares realizadas no domingo, 6, na Venezuela. Elas foram marcadas pela alta abstenção e pelo apelo ao boicote feito pelo setor de oposição que apoia o líder Juan Guaidó, e consolidou seu poder, embora também tenha perdido credibilidade — tanto diante da comunidade internacional como entre a esquerda do país com a qual em outra ocasião havia formado uma aliança. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), entidade que os opositores venezuelanos acusam de alegada parcialidade com o governo de Nicolás Maduro, anunciou na madrugada desta segunda-feira, 7, que o chavismo obteve 67,6% dos votos expressos — cerca de 3.558.320.
A coalizão Alternativa Democrática, que reúne partidos de oposição que compareceram às eleições depois que a Suprema Tribunal de Justiça nomeou novos conselhos de administração, obteve 944.665 votos — 17,95% dos apurados até agora. Este é o primeiro boletim oficial, emitido após a contagem de 82,35% dos votos, enquanto a participação oficial foi de 31%. “Tivemos uma tremenda vitória eleitoral”, disse o presidente Nicolás Maduro após o primeiro relatório, embora ainda não se saiba o número exato de cadeiras conquistadas pelo Grande Polo Patriótico, a plataforma partidária que o apoia.
Os resultados eleitorais também comprovam que personalidades do partido no poder conquistaram cargos na Câmara. Alguns deles, são: Diosdado Cabello, a primeira-dama Cilia Flores, María León, o apresentador de televisão Mario Silva e o ex-presidente do Parlamento Jesús Soto. Com esse panorama, o chavismo retoma o controle do Legislativo, órgão que serviu aos opositores para lançar sua ofensiva contra o governo de Nicolás Maduro, que governa o país sul-americano desde 2013.
Fonte: Jovem Pan