China sinaliza apoio tácito a Moscou no dia da invasão à Ucrânia

Hau Chunying se negou a descrever o ataque como invasão

Porta-vozes da China participaram nesta quinta-feira, 24, de uma entrevista coletiva para comentar sobre os últimos acontecimentos envolvendo o conflito entre Rússia e Ucrânia. O ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi, disse ao homólogo russo que compreende as preocupações razoáveis da Rússia em matéria de segurança, e Hua Chunying, disse que a China está acompanhando de perto os últimos acontecimentos e pediu que todas as parte tenham moderação para evitar que a situação saia do controle. Na quarta-feira, a China tinha feito seu primeiro posicionamento sobre o assunto e acusou os Estados Unidos de serem os principais responsáveis pelo que está acontecendo.

Durante sua fala, Chunying pareceu subestimar a gravidade da situação, questionando a existência de vítimas e destacando que o ministério da Defesa russo prometeu não atacar cidades ucranianas e se negou a descrever o ataque como invasão. Sem condenar Moscou, Hua reservou seus principais ataques contra os Estados Unidos, acusados de terem fornecido munições a Kiev e de terem invadido Iraque e Afeganistão no passado.

O presidente russo Vladimir Putin lançou nesta quinta-feira uma invasão na Ucrânia, com ataques aéreos e a entrada de forças terrestres a partir de vários eixos. Nas últimas semanas, Moscou exigiu ao Ocidente garantias para sua segurança, particularmente a promessa de que a Ucrânia não se uniria à Otan. No início do mês, durante uma visita de Putin a Pequim com motivo da abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno, os dois países disseram que eram “contra qualquer futura ampliação da Otan”.


Fonte: Jovem Pan

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