A Prefeitura de São Paulo quer zerar as emissões de carbono na cidade até 2050. Com 43 iniciativas, o Plano de Ação Climática do município da São Paulo, idealizado por Bruno Covas e desenvolvido em parceria com a rede internacional de cidades C40, foi aprovado pelo escritório central do grupo em dezembro do ano passado. Uma das metas é diminuir a demanda por carros e ônibus, aumentar a participação de fontes renováveis e reduzir a geração de resíduos sólidos. A Prefeitura também quer estimular a economia verde, redistribuir as oportunidades de trabalho e renda no território, aumentar a captura de carbono e reduzir a vulnerabilidade sócio ambiental.
A secretária-executiva do Comitê de Mudanças do Clima, Laura Ceneviva, diz que as ações em andamento já buscam preservar o clima. “Aquilo que a gente consegue cortar, transporte, por exemplo, ônibus, que é o caso mais conhecido, a gestão de transito que favoreça a circulação dos ônibus, é o uso de outros módulos de circular na cidade que não sejam motorizados. Tudo isso é ação que já está em curso. As emissões de resíduos a prefeitura cada vez diminui o envio de resíduo orgânico, fazendo compostagem. Enfim, tem um monte de ações. As principais são transporte, mas tem muita ação que está em curso.” A maior emissão vem do uso de combustíveis fósseis do transporte.
Em 2017, foram liberados 9,5 milhões de toneladas na atmosfera apenas em São Paulo. Se o ritmo de crescimento continuar, as emissões provenientes deste setor vão crescer 120% até 2050. O prefeito Ricardo Nunes ressaltou que as modificações neste setor já estão em curso. “Em 2021 nós já temos 660 novos ônibus com uma atuação menos poluente, são novas tecnologias. A gente tem 10 anos, a partir de 2019, até 2029, para fazer a redução de 53% da emissão de gás carbônico. Ou seja, tem um compromisso a cidade de São Paulo nessa área que é muito importante, que é o transporte coletivo e todos os veículos dessa cidade tão grande.” Segundo o prefeito, as metas estão em sintonia com o Acordo de Paris para redução das emissões. A expectativa de especialistas é de que as cidades cheguem a 2100 com aumento de 4ºC na temperatura, se nada for feito.
Fonte: Jovem Pan