A partir desta segunda-feira, 11, apenas serviços essenciais como supermercados, padarias e farmácias podem funcionar em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais. Bares e restaurantes serão obrigados – mais uma vez – a fechar as portas, sendo forçados a adotar sistemas para entregas ou retirada. O prefeito Alexandre Kalil, do PSD, alega que as medidas são necessárias para conter a alta de casos e mortes pela Covid-19. Ao todo, mais de 85% dos leitos de UTI estão ocupados. Além disso, 65 leitos foram fechados por falta de funcionários nos hospitais.
O médico infectologista, Carlos Starling, é integrante do Comitê de Enfrentamento à Covid em Belo Horizonte e diz que a volta das restrições é a única saída neste momento. “Nós esperamos que isso dure o mínimo possível, mas essa medida é absolutamente necessária neste momento porque há uma exaustão dos leitos de terapia intensiva e de enfermaria. Evitar, nesse momento, a mobilidade urbana significa liberar leitos”, explica. No entanto, a decisão preocupa os comerciantes. O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Minas Gerais, Matheus Daniel, afirma que os prejuízos serão imensos.
“A Abrasel estima um prejuízo no setor de bares e restaurantes no Brasil em R$ 50 bilhões no ano de 2020, sendo R$ 1 bilhão em Belo Horizonte. A gente estima o fechamento de mais 1.500 empresas e de seis a nove mil empregos em Belo Horizonte só no setor de bares e restaurantes”, relata. O presidente da Abrasel de Minas Gerais também reclama da falta de diálogo entre as autoridades e o setor produtivo. No sábado, 09, manifestantes se reuniram na porta da Prefeitura de Belo Horizonte insatisfeitos com o fechamento do comércio.
Fonte: Jovem Pan