Com alta da mortalidade em 24 Estados, situação pandemia é preocupante, alertam secretários

Dados do Conasems e do Conass indicam que 22 Estados podem ficar sem os medicamentos necessários em 10 dias

As secretarias de saúde avaliam que, apesar da estabilidade na pandemia, as médias diárias de novos casos e de mortes pelo coronavírus ainda são consideradas altíssimas. Os Estados e municípios continuam cobrando o governo federal por mais financiamentos de leitos de terapia intensiva. De agosto a dezembro, foram abertos cerca de 10,5 mil vagas para atender à demanda. No Senado Federal, o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Carlos Lula, alertou que a mortalidade deve crescer. “A gente tem uma média diária de casos muito alta, de mais de 65 mil casos por dia. Isso é muito preocupante porque ainda que a gente tenha tido uma pequena diminuição nas últimas semanas ela é irrisória, isso quer dizer que a gente estabilizou em alta, a gente tem um número de pessoas internadas muito alto. Então, 24 Estados reportaram aumento na mortalidade nos últimos 14 dias e 13 reportaram média diária de ocupação acima dos 90%, então isso é muito preocupante”, disse. Segundo ele,  a média diária de mortes está em três mil, enquanto que são aplicadas 80 mil doses da vacina.

Já o presidente do Conselho de Secretarias Municipais (Conasems), Wilames Freire, destaca acompanhamento de estoques do “kit intubação“. “Temos feito diariamente, acompanhamento junto aos Estados, junto aos municípios a situação de estoque desses medicamentos, trabalhado junto aos Ministério através da Organização Pan-Americana de Saúde a possibilidade de importação dos medicamentos no sentido de nos prepararmos”, afirmou. Dados do Conasems e do Conass indicam que 22 Estados podem ficar sem os medicamentos em 10 dias. O secretário de Saúde de Rondônia, Fernando Máximo, cita que as unidades da federação estão comprando vacinas e pondera. “Nós queríamos ver a possibilidade dessas vacinas não serem requisitas pelo PNI, se o Estados comprarem, eles realmente recebam as vacinas e possam imunizar os seus cidadãos. O Estado de Rondônia, infelizmente, é o que menos recebeu doses proporcionalmente na região Norte.” Fernando Máximo lembra que Rondônia é, depois do Amazonas, o Estado do Norte mais atingido pela segunda onda de Covid-19. As prefeituras, por exemplo, passaram a investir nas últimas semanas em testes rápidos para detectar as infecções.


Fonte: Jovem Pan

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