Com mudanças no texto original, Senado tenta votar MP da Eletrobras nesta quinta

Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM), tentou balancear as argumentações, marcando a sessão para esta quinta-feira

Após a apresentação do relatório da Medida Provisória da Eletrobras nesta quarta-feira, 16, o Senado Federal deve votar a matéria nesta quinta. No entanto, as emendas incluídas pelos deputados foram severamente criticadas. O relatório foi apresentado pelo senador Marcos Rogério (DEM). Em linhas gerais, o texto final exige que os funcionários demitidos sejam realocados em outras estatais; prorroga subsídios para a geração de energia térmica a carvão; garante indenização milionária ao Piauí pela venda de sua distribuidora; e acelera a migração dos consumidores para o mercado de livre de energia. A oposição argumentou que seria impossível votar a nova versão sem tempo para entender as mudanças. O senador Lasier Martins (PODE) disse ver uma concentração de interesses sobre o tema. “Nós não sabemos o que contém o relatório. Estamos a alguns minutos da discussão e não sabemos o que contém nesse relatório. A única coisa que a gente sabe é que vem uma criação de jabutis lá da Câmara.”

“É um absurdo, é uma violência, é uma agressão. Aqueles que estão nos pedindo prudência e tempo para que se examine com toda calma, não faz diferença nenhuma deixarmos isso para agosto, setembro, outubro, para depois”, disse. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM), tentou balancear as argumentações, marcando a sessão para esta quinta. “Não há nenhum desejo por parte da presidência de atropelo na apreciação de uma matéria dessa natureza. Mas devo registrar e lembrar a todos que se trata de uma Medida Provisória, que foi apresentada pelo governo federal, inclusive com a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro, que veio trazer em mãos ao Congresso Nacional a MP. Ela foi objeto de apreciação na Câmara dos Deputados com a inclusão de emendas, já conhecidas amplamente pelos senhores”, afirmou. O relator Marcos Rogério ainda falou sobre a necessidade de privatizar a companhia. Segundo ele, se isso não acontecer há risco de desabastecimento.


Fonte: Jovem Pan

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