Apesar da diminuição no número de voos devido a pandemia do coronavírus, as companhias aéreas precisam manter seus tripulantes treinados. O avião é o meio de transporte mais seguro do mundo, com alta tecnologia, é um humano quem dita as regras e toma as atitudes dentro do cockpit, por isto tem que estar sempre bem afiado. Como não se pode realizar treinos em voos de rotina é preciso recorrer aos simuladores para estar apto a lidar com situações de emergência que não são corriqueiras. Nesses testes os comandantes são submetidos a todos os tipos de adversidades como incêndios no motor, prevenção de perturbações, condições climáticas severas, entre outros problemas que a aeronave possa apresentar. Os pilotos e copilotos tem que passar por este processo de capacitação prática pelo menos uma vez ao ano para renovar a licença.
O diretor-geral de uma empresa global de simuladores, Daniel Portugal diz que o setor precisou se adaptar ao novo normal com todos os protocolos. “A gente foi criando procedimentos alinhados com as autoridades locais, com as companhias, melhores práticas. Fomos aprendendo como funcionada, obviamente higienização, uso de máscaras, todos esses tipos de medidas foram implementadas. Todos mecanismos de higienização e protocolos do que há de mais seguro foram disponibilizados para que os treinamentos não fossem interrompidos”, disse. Ele acrescenta que a inteligência artificial e a realidade aumentada levam os profissionais a um cenário muito próximo do mundo real. “Obviamente fornecendo cenários diversos, chuva, ventos, falhas, panes. Então o piloto consegue vivenciar em detalhes com uma realidade muito próxima do 100% o que pode ocorrer em situações de perigos.” Dados indicam que foram realizadas mais de um milhão de horas de treinamentos no ano passado, com mais de 135 mil pilotos em 60 centros espalhados pelo todo o mundo.
*Com informações do repórter Daniel Lian