Congresso critica omissão da Aneel após novo apagão no Amapá

Amapá sofre com os reflexos do primeiro apagão desde 3 de novembro

Amapá volta a sofrer apagão na noite de terça-feira, 17, após promessas de normalização dos sistema de energia elétrica. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) registrou a falta de luz. “São 22h04. Eu estou aqui na zona sul de Macapá, na rua Hildemar Maia. Macapá está toda no escuro. Salvo alguns locais como restaurantes que têm gerador, mas a cidade toda está sem luz. As informações dão conta que Santana, Mazagão e outros municípios do estado também estão no escuro. Esse apagão iniciou por volta das 20h35. E, o que é mais grave, além do apagão total, nós estamos também com apagão de informações”, disse o senador em vídeo.

Em uma audiência virtual do Congresso, o diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) André Pepitone foi duramente questionado sobre o apagão. Na Comissão Mista que analisa os impactos da Covid-19 no país, Randolfe lembrou que o estado sofre reflexos graves desde o dia 3 de novembro. Cerca de 800 mil pessoas estão com abastecimento precário de água, o que impacta diretamente na higiene necessária durante uma pandemia. O senador culpou a Aneel pela não fiscalização efetiva da empresa Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LMTE), que comunicou em abril as dificuldades para manter o sistema pelos efeitos do coronavírus. “É do dia 7 de abril esse ofício à Aneel. A LMTE, em nome da pandemia, se retirou das responsabilidades da tragédia que viria a acontecer sete meses depois. Os senhores receberam esse ofício dia 7 de abril. A reparação dos danos a essa altura é o mínimo”, relatou o senador durante audiência pública da Comissão. O senador Lucas Barreto (PSD-AP) culpou decisão da Aneel pelo apagão. “Se a Aneel tivesse exercido o seu papel além de regular tarifas, não estaríamos passando por isso agora”, disse Barreto.


Fonte: Jovem Pan

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