Covid-19 agrava risco de trombose e reforça importância de acompanhamento

O problema se agrava, alerta Rafael Knack, quando o coágulo é levado pelo sangue para diferentes órgãos do corpo

O advogado André Mielke Forato testou positivo para a Covid-19 no dia 12 de maio. Após o período de tratamento, o advogado disse que se sentia recuperado. Mas, para sua surpresa, passou mal de madrugada — com fortes dores nas pernas, pressão no peito e crise de tosse. Depois de realizar uma série de exames, o médico diagnosticou trombose pulmonar e prescreveu o uso de anticoagulantes por seis meses. No retorno médico, André realizou novo exames que constataram sequelas. “Fiz o exame do pulmão e deu sequela de falta de ventilação pulmonar. Acabei de fazer uma ressonância do coração e ficou sequela de miocardite, que provavelmente foi acometida pelo vírus.”

Segundo uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular, com o objetivo de entender a relação da Covid-19 e a saúde vascular, 39% dos 470 médicos entrevistados tiveram pelo menos um paciente infectado pelo novo coronavírus que apresentou um quadro de trombose venosa ou embolia. Segundo o endocrinologista Rafael Silvestre Knack, as veias e artérias do nosso corpo funcionam como uma espécie de tubos que conectam vários órgãos. Quando o fluxo sanguíneo é alterado por uma infecção, por exemplo, uma espécie de coágulo pode se formar e entupir a tubulação, obstruindo a passagem de ar. O resultado é o que os especialistas chamam de trombose, que pode ser venosa ou arterial, de acordo com a parte da circulação que atinge.


Fonte: Jovem Pan

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