CPI da Covid-19 aprova quebra de sigilo de Ricardo Barros e Frederick Wassef

Wassef é advogado da família Bolsonaro

Os senadores da CPI da Covid-19 aprovaram, na manhã desta quinta-feira, 19, as quebras de sigilo fiscal do líder do governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), e do advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef. Também foi aprovada a quebra de sigilo bancário e fiscal do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, do portal Terça Livre. Ele é investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito dos inquéritos que apuram a disseminação de notícias falsas e o financiamento de atos antidemocráticos e foi denunciado pelo Ministério Público, nesta quarta-feira, 18, por ameaças ao ministro Luis Roberto Barroso.

No total, a comissão aprovou 187 requerimentos, em sessão deliberativa que ocorreu antes do início do depoimento de Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos. Os senadores também aprovaram a convocação de Roberto Pereira Ramos Junior, presidente da FIB Bank; do advogado Marconny Nunes Riberto Albernaz, e de José Ricardo Santana, empresário que participou de jantar, no restaurante Vasto, em Brasília, no qual o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias teria pedido propina de US$ 1 para cada uma das 400 milhões de doses da AstraZeneca ofertadas pela Davati Medical Supply. A FIB Bank foi indicada pela Precisa para emitir uma carta-fiança em favor da pasta. Essa carta tinha como objetivo servir de garantia para o contrato de R$ 1,6 bilhão de reais, por 20 milhões de doses da vacina, entre o governo e a indiana Bharat Biotech.

Os requerimentos aprovados também miram perfis em redes sociais. São eles: Verdade dos Fatos, Movimento Conservador, Farsas do Covid-19, Patriotas, Brasil de Olho e Alemanha Comentada. Os senadores também solicitaram ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) relatórios de inteligência sobre Danilo Trento, um dos sócios de Maximiano na empresa 6M Participações; Empresa Cetest; Organização Social Instituto Solidário; Cruz Vermelha Brasileira – Filial do Rio Grande do Sul; e diretores e ex-diretores de hospitais federais do Rio de Janeiro.


Fonte: Jovem Pan

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