CPI da Covid-19: Depoimento de Ernesto Araújo é adiado para o dia 18 de maio

O ex-ministro das Relações Exteriores prestará depoimento um dia antes do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello

O ex-ministro das Relações Ernesto Araújo será ouvido pela CPI da Covid-19 no dia 18 de maio. A oitiva estava prevista para a quinta-feira, 13, mas foi adiada para que a comissão possa concentrar esforços, nessa semana, para esclarecer, sobretudo, como foi a negociação do governo do presidente Jair Bolsonaro com a farmacêutica norte-americana Pfizer, que teve uma oferta de 70 milhões de doses de sua vacina contra o novo coronavírus negada em agosto do ano passado. Depois da recusa inicial, o Brasil assinou um contrato que prevê a entrega de 100 milhões de doses, cujo primeiro lote foi entregue em abril deste ano.

Nesta semana, serão ouvidos o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, o ex-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), Fabio Wajngarten, e os representantes da Pfizer no Brasil – a atual presidente, Marta Diéz, e seu antecessor, Carlos Murillo. Os membros da CPI acreditam que o depoimento de Wajngarten poderá fornecer detalhes que servirão de subsídio para a reunião com os representantes da Pfizer. Em entrevista à revista Veja, o ex-secretário de Comunicação da Presidência afirmou que o acordo com a farmacêutica não foi firmado ainda em 2020 porque houve “incompetência” e “ineficiência” dos gestores do Ministério da Saúde. As informações obtidas nesta segunda semana de trabalho serão utilizadas para questionar o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, cujo depoimento está marcado para o dia 19 de maio – quando a Pfizer ofertou os imunizantes ao governo brasileiro, o general da ativa comandava o Ministério da Saúde.


Fonte: Jovem Pan

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