CPI da Covid-19 desiste de convocar Queiroga novamente, afirma Otto Alencar

Segundo o senador do PSD da Bahia, Otto Alencar, o relatório final da CPI da Covid-19 deverá ser entregue, lido e votado na próxima semana

Na reta final dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, no Senado Federal, o colegiado desiste de convocar novamente o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que já esteve depondo aos parlamentares por duas vezes. Em entrevista ao Jornal da Manhã, o senador Otto Alencar (PSD-BA) explicou o porquê da desistência e falou quais serão as etapas seguintes, com a entrega e leitura do relatório do senador Renan Calheiros (MDB-AL) na próxima semana, após o feriado de 12 de outubro, e encaminhamento do documento à Procuradoria-geral da República, à Câmara dos Deputados e ao Tribunal Internacional de Haia. Segundo Alencar, os senadores da CPI se reuniram na noite da última segunda-feira, 04, e concordaram que um novo depoimento de Queiroga não agregaria novas e relevantes informações para o relatório.

“Ficou decidido que não se convocaria o ministro Marcelo Queiroga, até porque ele já foi à CPI por duas vezes. A contribuição que ele daria agora, na minha opinião e da maioria, não seria eficaz ou não brotaria nenhuma informação mais importante para nós. O caso da não vacinação dos jovens, que foi negada pelo próprio governo, já está comprovada e foi dita pelo próprio ministro. Portanto, não vamos convoca-lo”, anunciou Alencar. Em seguida, ele listou os depoimentos previstos para esta semana, sendo nesta terça-feira, 05, um representante da VTCLog; na quarta, 06, o diretor presidente da Agência Nacional de Saúde, Paulo Rebello; e na quinta, 07, de médicos da Prevent Senior.

“Na outra semana, tem o feriado do dia 12 e o relator Renan Calheiros vai se aprofundar para apresentar o relatório. Nós já conhecemos parte desse relatório, que tem provas irrefutáveis, vídeos, áudios, e-mails, mensagens de texto, enfim, várias provas que certamente mostrarão ao Brasil que a condução da doença pelo Ministério da Saúde foi muito equivocada. Poderia se fazer muito mais e melhor pelo provo brasileiro e evitar tantos óbitos. Eu acho, inclusive, que isso está bem caracterizado no relatório do Renan, que nós já conhecemos em parte”, destacou o senador durante a entrevista.


Fonte: Jovem Pan

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