CPI da Covid-19: Randolfe pede quebra de sigilos bancário e telefônico de Pazuello

Além de Pazuello, a quebra de sigilos também pode atingir o coordenador do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro, George Divério

O senador Randolfe Rodrigues (Rede), vice presidente da CPI da Covid-19, pediu nesta quarta-feira, 19, a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. O requerimento foi feito após serem divulgadas denúncias de que o Ministério da Saúde teria usado a pandemia do novo coronavírus como pretexto para contratar obras sem licitação. As acusações apontam que a pasta teria reformado prédios no Rio de Janeiro com contratos emergenciais, solicitados a partir da justificativa de que atendiam obras urgentes para o combate à pandemia. No total, as obras teriam o custo de R$ 29 milhões, segundo as denúncias.

Além de Pazuello, a quebra de sigilos também pode atingir o coordenador do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro, George Divério. Os parlamentares analisarão o pedido na CPI da Covid-19. Defendendo que a denúncia seja debatida na comissão, o vice-presidente Randolfe avaliou que as acusações apontadas são “gravíssimas” e podem configurar improbidade administrativa. “No Rio de Janeiro, mais de 820 mil pessoas já tiveram covid-19. O número de mortos ultrapassou os 48 mil. Entretanto, parte dos investimentos dos recursos públicos foram usados para reformar galpões para guardar arquivos”, registrou o senador no requerimento.

Outra peça chave da CPI, o relator Renan Calheiros (MDB) alegou nesta tarde que encaminhará ao presidente da comissão, o senador Omar Aziz (PSD) outro requerimento. O documento pedirá a contratação de uma agência de checagem de fatos para acompanhar os depoimentos prestados na CPI. A ideia foi anunciada após a suspensão do depoimento de Eduardo Pazuello à comissão nesta quarta-feira. Calheiros acusou o ex-ministro de mentir em seus esclarecimentos. “Pedirei amanhã para que o presidente contrate uma agência de checagem dos fatos, à disposição da CPI. Eu acho importantíssimo que, diante da reiterada prática da mentira, possamos evidentemente contratar esse serviço, porque assim os fatos serão levantados online por uma empresa que terá a obrigação de rapidamente fazer sua verificação”, anunciou o relator em coletiva de imprensa.


Fonte: Jovem Pan

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