De olho em 2022, Lula e Bolsonaro têm estratégia política em comum; entenda

Lula tratou sobre o assunto na última segunda-feira; Bolsonaro falou abertamente sobre a estratégia em agosto

Prováveis adversários nas urnas em 2022, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente Jair Bolsonaro têm uma estratégia política em comum para o pleito do próximo ano. Os dois candidatos priorizam a eleição de aliados para o Congresso Nacional e deixam em segundo plano as candidaturas para os governos estaduais. A estratégia tem como pano de fundo a intenção de aumentar a governabilidade e reduzir a dependência de outras legendas a partir do dia 1º de janeiro de 2023.

Como a Jovem Pan mostrou, o foco na eleição de deputados federais e senadores foi o principal assunto da reunião de Lula com a bancada do PT. O encontro ocorreu na segunda-feira, 4, em um hotel em Brasília. Com 53 deputados federais, a sigla possui a maior bancada da Câmara dos Deputados, mas a expectativa é eleger de 80 a 100 parlamentares no pleito do ano que vem. No Senado, a legenda é representada por seis membros – dois deles, Humberto Costa (PE) e Rogério Carvalho (SE), integram a CPI da Covid-19. O partido ainda não estipulou uma meta para o Senado, mas dois governadores petistas entram na disputa na condição de favoritos: Camilo Santana (Ceará) e Wellington Dias (Piauí). A legenda também costura apoio às candidaturas de Flávio Dino (Maranhão) e Paulo Câmara (Pernambuco), filiados ao PSB.

Em agosto deste ano, Bolsonaro se manifestou publicamente sobre este assunto. Em uma entrevista à Rádio Jornal de Pernambuco, o chefe do Executivo federal disse textualmente que a eleição de governadores “ficaria em segundo plano”. “Caso dispute a eleição, tenho interesse em uma bancada de deputado federal e de senadores. Interessa governador? Interessa, mas ficaria em segundo plano. Até porque não consegui, até o momento, um partido para dizer que vamos disputar as eleições. O nosso compromisso é esse, deixo o governo do Estado para segundo plano”, afirmou.


Fonte: Jovem Pan

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