Defensoria pede proteção à integridade física de Lázaro; trotes atrapalham buscas

Lázaro Barbosa matou quatro pessoas da mesma família no Distrito Federal

Mais de mil denúncias sobre o possível paradeiro de Lázaro Barbosa já foram feitas desde o início da operação que tenta prender o assassino que matou quatro pessoas da mesma família no Distrito Federal. A maior parte das ligações para a polícia de Goiás, no entanto, não passa de trotes e conversas irrelevantes. No 13º dia de buscas, o cerco se fechou ainda mais. O ex-secretário nacional de segurança pública, José Vicente da Silva Filho, avalia que, apesar de todos os esforços, a busca pode demorar. “Uma pessoa solta, em liberdade, em regiões de cidade pequena, tem muitas casas, muita mata, fazenda, espaços abertos muito grandes, são dificuldades. Isso pode demorar semanas, meses e até anos. Não vejo necessidade de 300 policiais retirados da sua função de proteger a população, tem centenas de criminosos problemáticos, violentos, perigosos em cidades da região, não há justificativa para isso. Ter forças federais, de Brasília, de Goiás, é um exagero.”

O presidente Jair Bolsonaro voltou a comentar o caso nesta segunda-feira, 21, e defendeu o porte de armas. “No que depende, sabe que todo mundo que quiser vai ter arma. O vagabundo tem. Parece que ele [Lázaro] tentou invadir uma casa não entrou porque o cara estava armado. Não é o Estatuto do Desarmamento que vai dar tranquilidade para vocês”, afirmou a apoiadores. A Defensoria Pública do Distrito Federal entrou com um pedido junto à Vara de Execuções Penais para que Lázaro, caso seja preso, vá para uma cela individual, separado dos demais detentos. Segundo o órgão, é necessária a “proteção especial à integridade física e mental e a proteção contra qualquer forma de sensacionalismo e exposição vexatória” do assassino. A Defensoria ainda afirmou esperar que ele seja submetido ao devido processo legal.


Fonte: Jovem Pan

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