Deputados vão tentar vetar voto impresso nesta sexta-feira

Em entrevista à Jovem Pan, o presidente da comissão admitiu que o relatório deve ser rejeitado

Uma das principais bandeiras políticas do presidente Jair Bolsonaro, a PEC do voto impresso, de autoria da deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), integrante da tropa de choque governista na Câmara dos Deputados, pode ser barrada nesta sexta-feira, 16  – o colegiado se reúne às 15h. Depois de sucessivos adiamentos provocados pela falta de votos favoráveis à mudança do sistema de votação do país, um grupo de 18 deputados titulares e um suplente contrários ao projeto articulou uma autoconvocação da comissão que analisa a proposta, com o intuito de derrubar o texto no nascedouro, antes do início do recesso parlamentar, neste sábado. Sem o aval da comissão, a matéria não pode ser levada ao plenário da Casa. “Hoje, às 15h, teremos reunião da comissão especial do voto impresso auditável. A reunião foi auto-convocada por parlamentares contrários à proposta. Vamos à luta”, escreveu o relator, Filipe Barros (PSL-PR), em seu perfil no Twitter.

O movimento foi capiteneado pelo deputado federal Hildo Rocha (MDB-MA), titular da comissão. O emedebista afirma que a maioria dos membros avalia que não haveria tempo hábil para implantar a mudança do sistema eleitoral antes das eleições de 2022 – para que a mudança entre em vigor, a PEC precisa ser aprovada em dois turnos, na Câmara dos Deputados e no Senado, antes de outubro deste ano. No entanto, lideranças partidárias avaliam, reservadamente, que os ataques de Bolsonaro às urnas eletrônicas contaminaram a tramitação da matéria. Em sua live semanal no dia 6 de maio, o presidente afirmou que “se não tiver voto impresso, sinal de que não vai ter a eleição”. “Acho que o recado está dado”, acrescentou.


Fonte: Jovem Pan

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