O Estado de São Paulo começou nesta sexta-feira, 14, a vacinar contra Covid-19 pessoas com idade entre 50 e 54 anos que tenham doenças preexistentes que agravam os quadros da doença, as chamadas comorbidades. Porém, a maior parte dos quase 13 milhões de pessoas que convivem com o diabetes no Brasil, por exemplo, não sabe que há um calendário de vacinação específico. Foi o que constatou uma pesquisa realizada pela ONG ADJ Diabetes Brasil com 2.027 participantes, incluindo pais e mães de pacientes crianças e cuidadores. Apenas 14,26% dos entrevistados tinham conhecimento da campanha de vacinação.
A vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Isabella Ballalai, ressalta a importância da imunização, uma vez que estes indivíduos apresentam risco de hospitalização três a quatro vezes maior quando comparados à população geral. “As pessoas com diabetes tem maior risco para complicações causadas pelas infecções. A gripe é uma de grande importância. Dos óbitos que temos anualmente por gripe, que fica em torno de mil, dois mil, 30% são de pessoas com diabetes.” O estudo também mostra uma diferença entre portadores dos tipos 1 e 2 da doença: 47% dos entrevistados com diabetes tipo 2 não lembram se o médico já comentou sobre a importância da vacinação durante as consultas e 9% afirmam que o especialista nunca tocou no assunto.
Já a situação para os portadores com o tipo 1 é mais positiva: 38% dos entrevistados disseram que seu médico já fez a orientação sobre a vacinação. A vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Isabella Ballalai, diz que os dados chamam a atenção. Em relação à vacinação da gripe a adesão é de 90%. “Para vacinação de pessoas com diabetes e outras comorbidades, existe um centro especial de vacinação para esse grupo. Vacinas que não estão na rotina estão lá para cada um desses grupos. Chama Centro de Referência para Imunizações Especiais. Todo Estado tem um. Se o seu município não tem, procura a UBS que vai fazer essa interface entre Estado e o município.”
Fonte: Jovem Pan