Doria e Arthur Virgílio criticam aplicativo e defendem retomar prévias no próximo domingo

Eduardo Leite (esquerda), Arthur Virgílio (ao centro) e Doria (direita) durante as prévias do PSDB

A assessoria de imprensa de João Doria e Arthur Virgílio emitiu uma nota, na noite deste domingo, 21, lamentando a suspensão das prévias do PSDB para escolher o próximo candidato da legenda a concorrer à presidência da República em 2022. Nela, os candidatos afirmam que avisaram com antecedência sobre o risco do sistema híbrido de votação, que permitia a votação via aplicativo ou presencialmente – a interrupção da votação deu-se por conta da instabilidade na plataforma. Além de criticar o app, a dupla pediu para que o processo seja retomado já no próximo domingo, dia 28 de novembro, afirmando que “prolongar ainda mais o processo de prévias seria um desrespeito aos filiados tucanos e ao processo democrático.”

“Desde o início do processo de prévias, as campanhas dos candidatos do PSDB à presidência da República, João Doria e Arthur Virgilio, defenderam a ampla participação de todos os filiados. Defenderam também a utilização de urnas eletrônicas, que regem o sistema eleitoral brasileiro de forma segura, simples e transparente. Foi alertado durante todo o processo sobre a fragilidade do aplicativo e os problemas de instabilidade e insegurança que o modelo proposto poderia trazer para as primárias. Mesmo diante dos alertas de ambas as campanhas e da Kryptus, auditoria contratada pelo próprio partido para garantir a lisura da eleição, a direção do PSDB optou por manter o contrato com a FAUGRS (Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, sediada em Pelotas) e o uso da plataforma”, diz a nota assinada por Doria e Virgílio, que concorrem entre si e com Eduardo Leite, governador do RS.

A FAURGS, por sua vez, disse que está investigando as possíveis causas da instabilidade, mas negou qualquer tipo de relação do problema com a compra de licenças para suportar o reconhecimento facial dos filiados. “Ao contrário do que foi especulado, os problemas não têm qualquer relação com a compra de licenças para suportar o reconhecimento facial dos filiados. Tanto é que o mesmo número de certificados permitiu o cadastramento bem-sucedido dos mais de 44 mil eleitores. Os votos até agora registrados não serão perdidos, e a segurança do sistema não foi afetada. Todo o processo está sendo acompanhado por técnicos representando as três chapas inscritas, garantindo lisura e transparência”, assegura a fundação.


Fonte: Jovem Pan

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