Edina Alves troca basquete por futebol, derruba barreiras e caminha para fazer história na arbitragem

A árbitra Edina Alves Batista recebe os cumprimentos do treinador corintiano Vagner Mancini após o Dérbi

É inegável que a arbitragem ficou muito mais em evidência no futebol depois da chegada do árbitro de vídeo (VAR). Toda rodada é uma reclamação diferente, e elogiar a pessoa com o apito virou quase uma raridade. Mas no caso de Edina Alves Batista, todo elogio é pouco. A paranaense de Goioerê, de 41 anos, vem encantando os admiradores do esporte por sua firmeza, profissionalismo e competência dentro de campo. Primeira mulher a apitar o Derby centenário entre Corinthians e Palmeiras, na segunda rodada do Campeonato Paulista de 2021, Edina começou sua carreira no basquete como ala-armadora, mas migrou para o apito por indicação de um amigo. Ela se formou em educação física em 2001, entrou para o quadro da CBF em 2007, como auxiliar, e depois de alguns anos tornou-se árbitra central. Desde 2016, ostenta a cobiçada bandeira da Fifa em seu uniforme.

O pioneirismo passou a ser, então, uma marca da elogiada juíza. Em 2018, ela foi escalada para apitar dois jogos da Copa América Feminina, no Chile. Na temporada de 2019, após 14 anos, uma mulher voltou a apitar um jogo de futebol da primeira divisão do Campeonato Brasileiro masculino. Edina esteve em campo na partida entre CSA x Goiás. A última tinha sido Silvia Regina, em 2005, numa partida entre Fortaleza e Paysandu. A paranaense ainda colecionou jogos das séries A-1 e A-2 do Paulistão, da Série B do Campeonato Brasileiro e das categorias sub-17 e sub-20 até desbravar a maior competição de futebol do planeta: a Copa do Mundo. Edina esteve com Neuza Back e Tatiane Saciliotti no Mundial de futebol feminino 2019, na França — o primeiro trio de brasileiras na competição. Elas trabalharam juntas na semifinal entre Inglaterra e Estados Unidos.


Fonte: Jovem Pan

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