‘Efeito Moro’ movimenta pré-candidaturas para 2022 e já provoca primeiras baixas na corrida

Ex-juiz e ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, se fortalece na terceira via, mas continua muito distante de Bolsonaro e de Lula, segundo as pesquisas de intenção de voto

O “efeito Moro” acelera definições dos pré-candidatos à presidência em 2022. Após o ex-juiz e ministro da Justiça Sergio Moro se filiar ao Podemos, comparecer ao Congresso para falar sobre a PEC dos Precatórios e adotar uma agenda política, os demais partidos também buscam vitrine antecipada e negociações nos bastidores. O presidente do MDB, o deputado Baleia Rossi, de São Paulo, afirmou em rede social que em dezembro a legenda lançará a senadora Simone Tebet, do Mato Grosso do Sul, como pré-candidata ao Palácio do Planalto. Tebet integrou a CPI da Covid-19 e não deve ser a única candidata oriunda da comissão a disputar cargos públicos em 2022. A manifestação do MDB ocorre após o PSD, de Gilberto Kassab, manifestar a intenção da candidatura do presidente do Senado Rodrigo Pacheco após encontro com empresários em São Paulo. Já o União Brasil, partido originado da fusão do PSL e do DEM, que preparava o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, decidiu apoiar Sérgio Moro e buscar uma eventual vaga de vice ou liderar a coligação contra Jair Bolsonaro (sem partido). O presidente da República, que era um crítico convicto da reeleição, após seis meses de governo manifestou sua intenção de disputar novamente em 2022. Bolsonaro demonstra que, hoje, a ala política do governo comanda as ações visando a reeleição, como no empenho para bancar o Auxílio Brasil mesmo que o teto de gastos seja rompido e haja calote nos precatórios. Bolsonaro nunca esteve sozinho pensando em 2022, o governador de São Paulo, João Doria, disputa agora com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, a vaga tucana ao Planalto, mas age como candidato há muito tempo. O que nem Doria, Ciro Gomes, Bolsonaro e demais candidatos esperavam era a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em reestabelecer os direitos políticos do ex-presidente Lula. Rapidamente o petista entrou na briga e lidera as pesquisas, seguido por Bolsonaro, e os adversários agora buscam se tornar uma terceira via nessa eleição.


Fonte: Jovem Pan

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