Eli Corrêa condena fake news e rejeita regulamentação da mídia: ‘Retrocesso’

O vereador e radialista Eli Corrêa concedeu entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan

O vereador Eli Corrêa (DEM-SP) criticou nesta segunda-feira, 23, as falas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre uma possível regulamentação da comunicação no Brasil. O Partido dos Trabalhadores (PT) publicou, nas redes sociais, uma fala do petista, em que ele afirma que “é preciso atualizar a regulamentação da comunicação nesse país”. Em viagem pelo Nordeste, Lula disse que é necessário retomar a discussão. “É preciso atualizar a regulamentação do sistema de comunicação do país. O dono do jornal tem o direito de ter um editorial, mas na informação ele não pode ideologizar. A informação é o que aconteceu e vamos ter que discutir isso”, sugeriu. Em entrevista ao Jornal da Manhã, o parlamentar rejeitou qualquer mudança na comunicação brasileira. “Me sinto totalmente incomodado e rejeito, sob todos os pontos de vista, qualquer tipo de interferência, de regulamentação, onde possa ser cerceada a nossa liberdade de jornalistas, radialistas e que nós sejamos ‘manipulados’ ou ‘conduzidos’. Que nós tenhamos a nossa opinião, que possamos discutir o que realmente se queira discutir na imprensa de modo geral”, afirmou.

Eli Corrêa, assim como o ministro das Comunicações, Fábio Faria, defendeu que qualquer regulamentação dos meios de comunicação seria um “retrocesso”. “Faço minhas, as palavras do ministro. Se aceitarmos algo parecido, é um retrocesso que não podemos admitir”. Sobre as fake news, o vereador concorda que a prática deve ser criminalizada, mas apenas após ser comprovado o delito. “Claro que toda notícia falsa deve ser combatida e criminalizada. Nós sabemos perfeitamente os efeitos que isso causa. Agora, precisamos ter alguma calma para que a gente não criminalize tudo que se fala e tudo que se ouve. É preciso que haja uma investigação e que, uma vez comprovando o delito, que haja punição. Eu sou realmente a favor de que fake news sejam combatidas, mas, antes que isso aconteça, precisamos ter a perfeita noção de que não estamos cerceando a liberdade de quem está falando”, justificou o parlamentar.


Fonte: Jovem Pan

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