Em depoimento marcado por bate-boca, Witzel abandona sessão amparado por decisão do STF

Witzel depôs na CPI da Covid-19 nesta quarta-feira, 16

Após bate-boca com o senador Flávio Bolsonaro e com integrantes da tropa governista da CPI da Covid-19, o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel recorreu ao habeas corpus concedido pelo ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), para abandonar a sessão desta quarta-feira, 16. O depoimento foi interrompido pelo presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), no momento em que Eduardo Girão (Podemos-CE), aliado do Palácio do Planalto, fazia seus questionamentos sobre suspeitas de desvio de dinheiro na compra de respiradores em sua gestão à frente do Estado.

A oitiva de Wilson Witzel foi marcada por tumulto e críticas ao presidente Jair Bolsonaro. O ex-governador do Rio se disse inocente das acusações e vítima de uma perseguição política. Eleito em 2018 com o apoio do senador Flávio Bolsonaro, o ex-juiz federal sofreu impeachment por ter sido considerado culpado por crime de responsabilidade na gestão de contratos na área da Saúde durante a pandemia. Aos senadores, nesta quarta-feira, Witzel afirmou que seu “calvário” começou quando ele mandou investigar a morte da vereadora Marielle Franco. “Quando foram presos os dois executores da Marielle, o meu calvário e a perseguição contra mim foram inexoráveis”, disse. “Ver um presidente dizer em uma live que eu estava manipulando a polícia do meu Estado. Quantos crimes de responsabilidade esse homem vai cometer sem que alguém pare ele? Se não pararmos, essa república chavista ao contrário vai avançar cada vez mais”, disparou.


Fonte: Jovem Pan

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