Em depoimento na CPI da Covid-19, diretor da ANS diz que agência vai intervir na Prevent Senior

Diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar depõe nesta quarta-feira, 6, à CPI da Covid-19

Na primeira parte de seu depoimento à CPI da Covid-19, o diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Paulo Rebello, afirmou que a autarquia vai intervir na Prevent Senior. Aos senadores, o depoente disse que o órgão deve instituir o regime especial de Direção Técnica em relação à operadora de saúde. Ele esclareceu, porém, que a intervenção depende da conclusão de procedimento administrativo que ainda está em tramitação.

“A operadora será notificada acerca da indicação da instauração de um Regime Especial de Direção Técnica, a qual possui um rito específico que será devidamente observado pelos técnicos da ANS. Tal regime especial tem como propósito acompanhamento mais próximo da ANS, não sendo seu objetivo final a retirada da operadora do mercado, mas garantir a manutenção da qualidade assistencial aos beneficiários”, disse. “Vamos concluir, há um processo interno, um rito, e vamos dar início à Direção Técnica, enviar um diretor para acompanhar diariamente os fluxos e processos dentro da operadora”, acrescentou. Minutos depois, Rebello afirmou ao senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) que o diretor deve ser enviado à Prevent em 15 dias. “Estamos concluindo uma nota técnica preliminar para que a gente possa encaminhar o ofício à Prevent Senior. Logo em seguida, o diretor ténico será nomeado e estará na operadora. [Isso ocorrerá] No máximo, em 15 dias”, explicou.

Paulo Rebello foi convocado para explicar quais providências foram tomadas pela ANS diante das denúncias contra a Prevent Senior. Em um dossiê enviado à CPI da Covid-19, ao qual a Jovem Pan teve acesso, 12 médicos e ex-médicos da empresa afirmam que a empresa fraudou atestados de óbitos para omitir o coronavírus como causa da morte, utilizou pacientes como “cobaias humanas” para o teste de medicamentos comprovadamente ineficazes para o tratamento da doença, além de obrigar os profissionais a trabalharem infectados. A operadora de saúde nega as irregularidades.


Fonte: Jovem Pan

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