Em meio ao cenário crítico da pandemia, São Paulo sofre com a falta de doadores de sangue. Atualmente, na Fundação Pró-Sangue, os tipos sanguíneos O positivo e 0 negativo, além do A negativo, estão em falta. Já os estoques dos tipos A positivo e B negativo estão entrando em nível de alerta. O médico hematologista da Pró-Sangue, Carlos Roberto Jorge, conta que o número de doadores caiu muito desde o início da pandemia; e mais ainda durante a fase emergencial. “Tem procedimentos que não podem deixar para amanhã. Transplante de coração, transplante de fígado, são procedimentos que consomem sangue. Então, nós temos que ter sangue não só para esse tipo de procedimento, mas para aqueles casos de pacientes crônicos que precisam receber transfusão para se manterem vivos. O ideal seria a gente manter pelo menos 12 mil doadores por mês. Nós não estamos conseguindo ter 8 mil”, disse.
Carlos Roberto Jorge explica que há restrições para quem já teve Covid-19 ou para quem acabou de tomar a vacina contra a doença. “Para quem teve a doença com sintomatologia, é permitido a doação desde de 30 dias após o último sintoma. Quem toma a vacina, deve esperar 48 horas no caso da CoronaVac e 7 dias no caso da de Oxford“, explica. Por mês, cerca de 20 mil pessoas recebem as bolsas de sangue da Fundação Pró-Sangue. Uma única doação pode salvar até quatro vidas. Para doar, é necessário ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 50kg, estar alimentado e trazer documento original com foto.
*Com informações da repórter Beatriz Manfredini
Fonte: Jovem Pan