Ao final de um encontro com o presidente Jair Bolsonaro, nesta sexta-feira, 26, o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, disse ter manifestado, mais uma vez, a insatisfação com a política externa brasileira. Na quinta-feira, o senador pediu uma mudança na condução da política externa. Segundo ele, um dos erros cometidos pelo governo federal na condução da pandemia foi justamente não estabelecer relações diplomáticas com países como China e a Índia.
Nesta sexta-feira, Pacheco afirmou, no entanto, que a Câmara e o Senado são responsáveis apenas por cobrar e fiscalizar as ações do ministério. “A permanência ou saída do ministro de qualquer que seja ele, inclusive das Relações Exteriores, é uma decisão que sabe ao presidente da República. Nós consideramos que a política externa do Brasil ainda está falha, precisa ser corrigida. É preciso melhorar a relação com demais países, inclusive com a China”, disse. De acordo com o presidente do Senado, Bolsonaro ouviu as críticas, mas não sinalizou se vai manter ou não Ernesto Araújo à frente do Ministério das Relações Exteriores.
Rodrigo Pacheco falou ainda sobre Filipe Martins, assessor para assuntos internacionais da Presidência. Em sessão no Senado na quinta-feira, Martins foi flagrado fazendo um gesto com a mão direita que é usado para identificar quem defende a supremacia branca. Pacheco disse que informou Jair Bolsonaro que a polícia legislativa do Senado está investigando o caso. No entanto, o presidente da Casa afirmou que a decisão de tirar o assessor do cargo ou não é do presidente da República. “A providência política de manutenção ou não desse assessor cabe ao presidente da República. Afinal de contas, pode demitir apenas aquele que admite”, disse. Pacheco reiterou que o Senado repudia qualquer manifestação racista, assim como gestos obscenos.
Fonte: Jovem Pan