O novo ministro das Relações Exteriores, Carlos França, tomou posse em uma cerimônia privada nesta terça-feira, 6. Em seu primeiro discurso como ministro, França foi na direção oposta ao de seu antecessor Ernesto Araújo e defendeu a diplomacia, o diálogo e a urgência do desenvolvimento sustentável no país. O ministro iniciou seu pronunciamento, que foi divulgado posteriormente pelo Itamaraty, sublinhando o que chamou de “as três urgências do Brasil”. “O momento é de urgências. E o Presidente Bolsonaro instruiu-me a enfrentá-las. Essa é a nossa missão mais imediata. Sublinho aqui três delas: a urgência no campo da saúde, a urgência da economia e a urgência do desenvolvimento sustentável”, disse França.
Sobre a articulação da pasta em busca de vacinas contra a Covid-19, ponto questionado frequentemente pelos críticos do ex-ministro, o atual chanceler defendeu uma “verdadeira diplomacia da saúde”. “Em diferentes partes do mundo, serão crescentes os contatos com governos e laboratórios, para mapear as vacinas disponíveis. Serão crescentes as consultas a governos e farmacêuticas, na busca de remédios necessários ao tratamento dos pacientes em estado mais grave. São aportes da frente externa que podemos e devemos trazer para o esforço interno de combate à pandemia. Aportes que não bastam em si, mas que podem ser decisivos”, assegurou. Segundo o ministro, seu compromisso é engajar o Brasil em um “intenso esforço de cooperação internacional, sem exclusões”. França adiantou que está trabalhando em conjunto com a Organização Mundial do Comércio (OMC) por uma iniciativa sobre Comércio e Saúde, que visa garantir o acesso amplo a vacinas e medicamentos.
Fonte: Jovem Pan