Um vídeo que circula nas redes sociais e no Whatsapp revelou um novo tipo de golpe com clientes de aplicativos de delivery. As imagens mostram o momento em que um entregador leva a comida até a porta da casa de uma senhora em São Paulo. Na hora de receber o pagamento, ele filma a frente e o verso do cartão da cliente com o celular sem que ela perceba. Enquanto isso, o motoboy diz que está esperando o sinal da máquina funcionar. “Só pegar o sinalzinho da máquina aqui, tá? Quando tem muito pedido na rua elas ficam doidinhas”, diz o entregador no vídeo. Depois disso, a cliente faz o pagamento normalmente e ele se oferece para iluminar a maquininha com o flash do celular, gravando também o momento em que ela digita a senha no teclado. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), a vítima registrou boletim de ocorrência e o caso é investigado pelo 56º DP por meio de inquérito policial. O celular do entregador foi apreendido e a polícia afirmou que vai solicitar autorização judicial para acesso ao conteúdo do aparelho.
A Jovem Pan entrou em contato com o Procon-SP, que não soube informar os dados das reclamações deste golpe específico. No entanto, o número de registros de golpes em entregas de comida por aplicativo aumentou 136% neste ano em São Paulo. Segundo o órgão, foram 341 entre janeiro e julho de 2021, em comparação a 144 no mesmo período em 2020. Os dados incluem três empresas: iFood, UberEats e Rappi. O número já é maior do que o total de registros em todo o ano passado, quando o Procon recebeu 330 reclamações. Para se proteger dos golpes, o órgão recomenda que o consumidor fique sempre atento ao receber a entrega e não utilize máquinas de cartão com o visor quebrado ou que não permita a leitura dos dados. O Procon também sugere que o cliente confira o valor da compra, não passe seus dados por telefone e desconfie caso o entregador informe que é necessário pagar algum valor extra. “O consumidor deve procurar fazer o pagamento no momento do pedido, de forma online, evitando pagar na hora da entrega, que é o momento em que o golpe é aplicado. E lembrar que não existe taxa de entrega ou outra taxa extra. Qualquer ocorrência diferente deve ser comunicada à empresa”, alerta Fernando Capez, diretor executivo do Procon-SP.
Fonte: Jovem Pan