De tanto a torcida pedir, o Palmeiras acreditou. Após a derrota para o 3 a 1 no Morumbi — em jogo no qual o placar chegou a marcar 3 a 0 para o adversário —, o Verdão viu a taça do Paulistão ficar bem perto do rival, quase inalcançável, mas a injeção de ânimo da massa foi fundamental para o time palestrino vencer o São Paulo por 3 a 0 no Allianz Parque e conquistar seu primeiro Estadual com Abel Ferreira no banco de reservas com uma virada histórica. O atual campeão da Libertadores dominou a partida do início ao fim e, com gols de Danilo, Zé Rafael e Raphael Veiga (2), fez a festa dos 31.836 torcedores presentes no estádio da zona oeste paulistana.
Durante a semana, torcedores palmeirenses fizeram vídeos exaltando a rivalidade contra o São Paulo. “Lutaremos até o apito final , até o último suspiro”, pediu o locutor de um vídeo extremamente compartilhado por palmeirenses durante a semana. Durante este domingo, 3, diversas manifestações foram emanadas até o juiz apitar o fim da partida. Até quem não pôde ver o jogo resolveu comparecer para manifestar seu apoio a um time multicampeão. Cerca de 3 mil de palmeirenses compraram ingressos para a parte da arquibancada que estava coberta por causa da montagem do show do Marron 5, marcado para a arena palmeirense na quinta-feira, 7. Um telão foi instalado no local.
Com a visão encoberta ou não, os torcedores explodiram pela primeira vez aos 21 minutos do primeiro tempo. Após intensa pressão palmeirense, o Verdão abriu o placar quando Danilo completou de cabeça uma jogada ensaiada. Cinco minutos depois, Zé Rafael ampliou com um chute que bateu na trave antes de entrar. O São Paulo foi para o intervalo atordoado e tomou mais uma pancada no segundo minuto da etapa final. Raphael Veiga, autor do importantíssimo gol alviverde no Morumbi, desviou de carrinho após jogada de craque de Dudu. O mesmo Veiga fechou o placar a dez minutos do fim e decretou a “festa no chiqueiro”, como cantaram os mais de 30 mil torcedores. No final, em meio a gritos de olé e provocações a Rogério Ceni, Rafinha perdeu a cabeça e foi expulso. Foi também a senha para a torcida soltar a garganta: “É campeão”.