Entenda o que causou a morte do craque Diego Maradona

Última foto de Maradona em vida foi compartilhada pelo seu médico particular, Leopoldo Luque, no dia 11 de novembro

Diego Armando Maradona morreu nesta quarta-feira, 25, após sofrer uma parada cardiorrespiratória em um casa em Tigre, região metropolitana de Buenos Aires, que funcionava como uma casa de retiro para o maior ídolo do futebol argentino. Com a saúde debilitada, o ex-jogador estava afastado de atividades cotidianas devido a uma cirurgia, realizada no último dia 4, para a retirada de um hematoma subdural. A família, de acordo com a imprensa argentina, cogitava transferi-lo para Cuba, mas a parada cardíaca tirou a vida de Maradona antes que ele voltasse ao país caribenho que tanto amava. Mas o que é este problema que tirou a vida do ídolo? “É quando o coração para de bater, o sangue não circula, a pessoa fica sem oxigênio e perde os sentidos”, explicou o médico Protásio da Luz, cardiologista sênior da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo). Geralmente, este mal súbito está associado a doenças cardiovasculares. “Principalmente na idade dele, 60 anos. É bem possível que essa parada esteja relacionada a uma doença coronária, mas só dá para afirmar isso com o histórico médico dele em mãos”, falou o cardiologista. Protásio também chama a atenção para o vício que Maradona tinha em álcool e cocaína. O abuso dessas substâncias pode estar associado, por exemplo, a um arritmia.

Pelé diz que perdeu ‘amigo’ e afirma: ‘Vamos jogar bola juntos no céu’

Pelé ou Maradona? A pergunta, que nasceu após o craque argentino se estabelecer como gênio do futebol, permeia até hoje calorosos debates e fez florescer uma intensa rivalidade entre os dois. Porém, no dia da morte de Diego Armando Maradona, o Rei do Futebol não deu vazão a velhas brigas e preferiu reconhecer a grandiosidade do argentino. “Que notícia triste. Eu perdi um grande amigo e o mundo perdeu uma lenda. Ainda há muito a ser dito, mas por agora, que Deus dê força para os familiares. Um dia, eu espero que possamos jogar bola juntos no céu”, escreveu Pelé em sua conta no Twitter.

A amizade dos dois foi recheada de idas e vindas. Em 1979, quando dava os primeiros passos em sua carreira, Maradona chegou a declarar que Pelé “sempre foi um Deus como jogador”. Mas com o sucesso nos campos veio a reivindicação do trono de rei do planeta bola, e o brasileiro nunca se dispôs a cedê-lo. Em 2000, uma eleição da Fifa pela internet elegeu o argentino o melhor jogador de todos os tempos e deu a ele munição para tripudiar. “As pessoas votaram em vim. Agora querem que eu divida o prêmio com o Pelé? Não vou dividi-lo com ninguém”, declarou o maior futebolista argentino de todos os tempos. Anos depois, em 2009, o Pibe D’oro (Garoto de Ouro) voltou a tocar no assunto. “Pelé tinha Coutinho e Rivellino, que para mim estão lá em cima. E depois tinha Jairzinho, Clodoaldo, Gerson e Tostão. Mas o mais importante é que teve uma votação, e eu o deixei em segundo.” Já o Rei costuma de dizer que a Argentina primeiro precisava decidir quem foi melhor, Maradona ou Di Stéfano. “Só então eles podem comparar com o Pelé”, repete o ídolo do Santos, sempre usando a terceira pessoa do singular.


Fonte: Jovem Pan

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