Entenda o que muda com a nova política do WhatsApp

Nova política será válida a partir de 8 de fevereiro

Na última semana, usuários do WhatsApp que abriram o aplicativo para enviar mensagens se depararam com uma notificação informando sobre mudanças na política de privacidade. Muitos concordaram com as informações sem saberem o que isso significa na prática e se pode, ou não, ser prejudicial. Além disso, os usuários que não aceitaram a nova política já buscam por outros aplicativos, já que o WhatsApp não dá a alternativa de continuar usando o aplicativo sem concordar com as mudanças. Por isso, houve uma debandada de usuários para outras plataformas como o Signal e o Telegram, que registrou cerca de 25 milhões de downloads em apenas 72 horas. A nova política, que será válida a partir de 8 de fevereiro, envolve o compartilhamento de dados com o Facebook, dono da plataforma desde 2014. A única exceção são usuários do Reino Unido e União Europeia, que possuem organizações de proteção de dados que fecharam acordos com as empresas.

De acordo com a rede social, entre os dados que poderão ser compartilhados constam: número de telefone e outros registrados na conta; informações sobre o aparelho do telefone (marca, modelo, empresa de telefonia, número de IP); dados sobre a navegabilidade na ferramenta como tempo de uso e quando o usuário está no modo “online”, além da fotografia do perfil do usuário. Segundo o diretor executivo do Data Privacy Brasil, Rafael Zanatta, esses dados já eram partilhados entre as duas redes sociais desde 2016 – ou seja, o compartilhamento entre WhatsApp e Facebook está acontecendo o tempo todo se você não optou por sair há cinco anos.

Para o especialista em direitos digitais, essa notificação apresenta, assim, “um grau de transparência maior sobre as práticas de uso”. O principal objetivo do Facebook, porém, é deixar a plataforma mais comercial. Em outubro, a rede social anunciou que lançará no início deste ano um serviço pago para as empresas gerenciarem sua conversas com clientes pelo WhatsApp. Hoje, as companhias com contas comerciais já podem contratar esse serviço de outras empresas certificadas pelo Facebook. “Agora, há uma integração com o WhatsApp Business. O objetivo é se aproximar de aplicações que tem também sistema integrado de pagamentos, já que o Facebook explicitou que vai começar a coletar informações de transações financeiras. A ideia é dar um fôlego maior para a parte comercial. O WhatsApp sempre foi visto como uma aplicação Business to Business (B2B) e agora quer ser também Business to Consummer (B2C)”, explica Zanatta.


Fonte: Jovem Pan

Comentários