4 de março de 2016, 24ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Aletheia. O ex-presidente Lula é alvo de condução coercitiva. O petista prestou depoimento no aeroporto de Congonhas sobre suposto envolvimento com empreiteiras ligadas a Petrobras. O país parou e ele reagiu. A então presidente Dilma Rousseff aproveitou para atacar a Lava Jato. “Eu quero manifestar o meu mais absoluto inconformismo com o fato do ex-presidente Lula, Luíz Inácio Lula da Silva, que por várias vezes compareceu de forma voluntária, seja agora submetido a uma desnecessária condução coercitiva para prestar mais um outro depoimento.”
Vendo o padrinho político acuado pela Lava Jato, Dilma Rousseff tentou nomear Lula para a Casa Civil. Na véspera da posse dele, o ministro Sergio Moro liberou a divulgação de um áudio de conversa telefônica entre Lula e Dilma que caiu como uma bomba. O grampo telefônico decorrente da Operação Aletheia confirmou a trama para conceder foro privilegiado ao ex-presidente. No mesmo dia da posse, o ministro Gilmar Mendes suspendeu a nomeação de Lula. A Câmara já tinha aprovado o impeachment de Dilma Roussef quando o Ministério Público denunciou Lula no caso do tríplex do Guarujá.
Para o procurador Deltan Dallagnol, o ex-presidente era o cabeça da corrupção revelada pela Lava Jato. Uma imagem de PowerPoint com o nome de Lula como figura central do esquema renderia ataques e investigações contra Deltan Dallagnol. O ex-presidente ainda foi denunciado no caso do terreno do Instituto Lula e do sitio em Atibaia. A Procuradoria fazia ponderações. Em janeiro de 2018, o desembargador do TRF-4 João Pedro Gebran Neto confirmou a decisão da primeira instância que condenou Lula. O magistrado ainda aumentou a pena: 12 anos e um mês por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex.
Fonte: Jovem Pan