Estado de SP registra aumento de casos de Covid-19 em crianças até 10 anos

Crianças até 10 anos, na maioria dos casos de coronavírus, são assintomáticas

O estado de São Paulo registou aumento no número de internações por Covid-19 de crianças com até 10 anos em novembro. Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, em outubro, foram internadas seis crianças de 0 a 9 anos na rede pública municipal de São Paulo. Entre 10 e 14 anos, foram duas internações. No total, foram oito internações infantis por Covid-19. Já em novembro, nove crianças de 0 a 9 anos foram internadas na rede municipal e uma de 10 a 14 anos, totalizando 10 internações. Não há óbitos confirmados por coronavírus em indivíduos de 0 a 14 anos com início de sintomas nos meses de outubro e novembro, segundo o banco de dados do SIVEP-Gripe. No restante do estado, em relação ao número de casos confirmados na faixa de 0 a 9 anos, na comparação entre outubro e novembro, Indaiatuba teve alta de 237,5 % (16 para 54), São José do Rio Preto de 153% (75 para 190), Carapicuíba de 137,5% (16 para 38), Caieiras de 100% (8 para 16), Sorocaba de 57% (19 para 30), São Bernardo do Campo de 57% (35 para 55) e Campinas de 56% (41 para 64). Os dados foram organizados pelo projeto Info Tracker, ferramenta que reúne estatísticas e processa os dados sobre o coronavírus em São Paulo, à pedido da Jovem Pan.

Analisando o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde é possível ver o crescimento nos casos de crianças com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) hospitalizadas no Brasil. Na semana epidemiológica 40, que corresponde ao período de 27 de setembro a 3 de outubro, na faixa etária até um ano, eram 2.567 menores hospitalizados com SRAG. Entre 1 a 5 anos, eram 2.707. Na semana epidemiológica 49, que corresponde ao período de 29 de novembro a 5 de dezembro, o número de crianças com menos de 1 ano hospitalizadas com SRAG aumentou para 3.159. Na faixa etária entre 1 e 5 anos, o número subiu para 3.642 internações. Segundo Marcio Nehab, pediatra e infectologista do Instituto Fernandes Figueira (IFF) da Fiocruz, a situação do Brasil não é diferente da que os Estados Unidos vivenciou em agosto. “Se você for pegar dados de exames de PCR/RT lá atrás no início da pandemia nos Estados Unidos, você vai ver que menos de 1% dos casos eram diagnósticos em crianças. Esses números de casos foram aumentando absurdamente e, agora, alguns estados americanos tem mais de 15% dos casos relatados em pediatria”, conta. “Então aumentou 15 vezes, mas mesmo assim continuam sendo casos mais amenos, benignos, sem complicações, sem internações e sem óbitos na grande maiorias das vezes”, compara o médico.


Fonte: Jovem Pan

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