EUA enviam 3 mil soldados para o leste Europeu em meio à tensão na Ucrânia

Militar ucraniano na linha de frente perto da vila de Avdiivka, controlada por militantes pró-Rússia, Ucrânia

Os Estados Unidos vão enviar 3 mil militares em apoio às forças da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) para vários países da Europa Oriental. Do total, 2 mil soldados vão da base americana de Fort Bragg, na Carolina do Norte, para Alemanha e Polônia já nesta semana, e outros mil vão ser transferidos da Alemanha para a Romênia. A informação foi comunicada à imprensa nesta quarta-feira, 2, pelo porta-voz do Departamento de Defesa dos EUA, John Kirby. Entretanto, o presidente Joe Biden disse que não vai colocar tropas americanas na Ucrânia para combater possíveis incursões russas, embora os Estados Unidos estejam fornecendo armas ao país.

A medida dos EUA ocorre em meio a negociações paralisadas com a Rússia sobre seu acúmulo militar nas fronteiras da Ucrânia e ao crescente temor em toda a Europa de que o presidente russo, Vladimir Putin, invada o país vizinho e ex-membro da União Soviética. Os temores de uma invasão da Rússia na Ucrânia aumentaram nos últimos meses, após Putin enviar mais de 100 mil soldados para áreas próximas às fronteiras do país vizinho, inclusive na vizinha Bielorrússia, apoiados por tanques, artilharia, helicópteros e aviões de guerra.

Entretanto, a Rússia já afirmou não ter intenção de iniciar um conflito na região e estar disposta a continuar os esforços diplomáticos. Em seus primeiros comentários públicos sobre o impasse em mais de um mês, na última na terça-feira, Putin acusou os EUA e seus aliados de ignorarem as exigências de segurança central da Rússia, mas disse que Moscou está disposta a conversar mais para aliviar as tensões. Ele sugeriu que uma possível invasão russa pode não ser iminente e que pelo menos mais uma rodada de diplomacia é provável.

Além da movimentação dos EUA no leste europeu, o Pentágono também colocou cerca de 8,5 mil soldados em solo americano EUA em alerta máximo para possível envio à Europa. Os EUA possuem entre 75 mil e 80 mil soldados na Europa, como forças permanentemente estacionadas, e como parte de rotações regulares como a Polônia. Após conversas em Kiev com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, o primeiro-ministro holandês Mark Rutte sublinhou que “é essencial que o diálogo continue”. Caso contrário, segundo ele “Está claro que novas agressões contra a Ucrânia terão sérias consequências”.


Fonte: Jovem Pan

Comentários