O Pentágono dos Estados Unidos confirmou na manhã desta quinta-feira, 26, que duas grandes explosões foram registradas do lado de fora do aeroporto de Cabul, no Afeganistão. Segundo fontes locais, pelo menos 11 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas. Entre as vítimas com ferimentos estão três soldados norte-americanos. “As causalidades ainda não são claras e vamos dar detalhes quando pudermos”, disse o porta-voz do Pentágono, John Kirby, poucos minutos após a primeira explosão. Em conversa com agências de notícias dos EUA, porém, fontes militares afirmaram que a principal suspeita é de que as explosões sejam ataques suicidas. Ainda na terça-feira, 24, o presidente Joe Biden afirmou que o local, que funciona como única porta de saída de estrangeiros do país desde que as forças talibãs tomaram conta do governo, está sob ameaça de atentado terrorista do Estado Islâmico de Coraçone (Isis-K), braço do Estado Islâmico na Ásia Central que se opõe ao Talibã e aos norte-americanos por não acreditar em um estado nacional de direito e pregar bandeiras “contra o colonialismo”.
O aeroporto tem sido palco de cenas de desespero há mais de uma semana. No primeiro dia de ocupação dos talibãs em Cabul, imagens de cidadãos afegãos tentando sair do país pelo lado de fora de uma aeronave militar e chegando a cair dos aviões no momento da decolagem viralizaram nas redes. Algumas pessoas morreram pisoteadas na pista de decolagem e o exército dos EUA e de países parceiros passou a tomar conta do local. Com a pista liberada, voos chegam a sair a cada 40 minutos do país, mas o lado de fora do aeroporto continua em situação caótica de aglomeração de pessoas, o que levantou o alerta de possibilidade de atentados. Os EUA e o Reino Unido foram alguns dos países que avisaram aos seus cidadãos para não se aproximar da pista pelo risco terrorista.
Fonte: Jovem Pan