Falha no aplicativo e suspensão das prévias expõem racha do PSDB

Votação foi suspensa no domingo, 21, e não tem data para ser retomada

O dia destinado para a escolha do candidato do PSDB à Presidência da República nas eleições de 2022 começou com otimismo, sendo exaltado pelos dois principais candidatos e classificado como uma “grande festa da democracia”, mas esbarrou em uma falha do aplicativo de votação, que culminou em uma reunião tensa da cúpula do partido e em troca da farpas públicas entre os governadores de São Paulo, João Doria, e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio Neto, escancarando o racha que atinge a sigla nos últimos anos. Em razão do bug na plataforma, o processo foi suspenso e será reaberto em data a ser definida. Em nota, a Executiva Nacional do PSDB afirmou que “os votos registrados neste domingo estão preservados” e que “a integridade e a segurança do sistema estão totalmente preservadas”.

A instabilidade no aplicativo de votação afetou milhares de filiados e atingiu, inclusive, tucanos históricos, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o ex-governador Geraldo Alckmin e o senador José Serra (SP). Este, porém, não foi o único momento tenso do dia. A deputada federal Mara Rocha (AC) acusou a campanha de Doria de tentar comprar o seu voto na disputa. “Eu vou dizer quem quis comprar o meu voto. Eu tenho mensagens aqui. Se não deixarem eu votar, eu vou dizer quem me ofereceu dinheiro para votar no Doria. Eu vou votar, senão vou jogar merda no ventilador”, disse, aos gritos. Mais tarde, segundo apurou a Jovem Pan, o ex-prefeito Arthur Virgílio expulsou o ex-deputado João Almeida, um dos coordenadores da campanha de Eduardo Leite, de uma reunião interna do partido. À reportagem, um tucano afirmou que Almeida estava “debochando” das propostas apresentadas pela campanha de Doria para tentar superar o impasse da votação.


Fonte: Jovem Pan

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