Falta de policiamento é principal problema da segurança em SP, diz Datafolha

24% das pessoas entrevistadas pelo Datafolha apontaram que o maior problema da segurança pública na capital paulista é a falta de policiais das ruas

Uma pesquisa do Instituto Datafolha apresentou dados sobre a violência e a insegurança na cidade de São Paulo. 24% das pessoas entrevistadas apontaram que o maior problema da segurança pública na capital paulista é a falta de policiais das ruas; 11% apontaram que falta segurança em qualquer lugar; 8% disseram que o problema é porque tem muitos assaltos; 4% acreditam que a Policia Militar está mal preparada; 4% também julgam que a culpa é do tráfico de drogas; 3% culpam a corrupção; 3% a falta de investimentos na área; 3% falam dos salários baixos; 3% também ainda culpam as facções criminosas; e 1% culpam milícias.

Um vídeo gravado por uma testemunha mostra o momento em que um policial militar atirou em um bandido que tentava assaltar um casal que estava de moto no bairro do Tatuapé, na zona leste de São Paulo. O criminoso até consegue subir no veículo, mas não vai muito longe por causa da ação do PM. Foram mais de dez disparos até o criminoso ser atingido e cair. O homem foi levado para o hospital e morreu horas depois. Quem é motociclista e sempre na região do Tatuapé teme pela vida. “Isso é complicado. Do jeito que está o mundo hoje em dia, não dá para confiar em ninguém mais. Já paro pronto para engatar e correr. Se der moleza, perdeu”, comenta um homem que estava de motocicleta e parado no sinal ao ser questionado pela equipe de reportagem da Jovem Pan. No mesmo momento, um outro motociclista também comentou a situação de insegurança na capital paulista: “Não tem outra escolha. Onde você passar hoje em dia está arriscado a isso. Infelizmente, é a realidade hoje em dia”.

Nas ruas da capital os motoristas de carro também estão atentos à insegurança. “A gente sempre anda com o vidro fechado, com insulfilm bem escuro, porque toda vez que para no farol está meio complicado mesmo”, afirma o comerciante Sandro Sordi. Já Leandro, que é técnico de informática, diz que, às vezes, se arriscar ao andar com os vidros abertos. “O risco sempre tem. Sempre tô em alerta. Eu ando com celular, notebook, ando sempre com equipamento, então de vidro fechado”, diz. O Douglas, que é motorista de van, diz que anda com medo em diversos pontos da capital paulista: “Tem que andar pelo menos com a metade [do vidro] e com a porta travada, ainda mais van… Parou no farol, ‘os cara’ leva [sic]. Se ficar com o vidro aberto facilita bastante. Marginal Tietê, Radial Leste, qualquer lugar hoje é risco”.

*Com informações do repórter Vinícius Rangel


Fonte: Jovem Pan

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