Um porta-voz da monarquia britânica anunciou em entrevista ao Channel 4, canal de TV do país europeu, nesta sexta-feira, 10, que a rainha Elizabeth II e o resto da família real apoiam o movimento Black Lives Matter, grupo ativista que promove campanhas contra a violência direcionada a pessoas negras por causa do racismo. O movimento surgiu no ano de 2013 nos Estados Unidos e se tornou ainda mais popular no mundo após a morte de George Floyd, homem negro que perdeu a vida após passar minutos sufocado pelo joelho de um policial branco em Minnesota em maio de 2020. Em trechos da reportagem, que foram veiculados na TV estrangeira ao longo da semana, Kenneth Olisa, que foi o primeiro homem negro a ganhar o título de lorde-tenente, uma espécie de representante da monarquia no país, é questionado sobre se a Coroa é a favor do BLM. “A resposta é facilmente ‘sim’”, disse.
Em outro trecho da transmissão, o porta-voz chega a citar o ocorrido nos Estados Unidos como um ponto de “Eu discuti com os membros da família real toda a problemática em torno de questões de raça, particularmente nos últimos 12 meses, desde o incidente envolvendo George Floyd”, disse. Ele também afirma que este é um “assunto quente” e diz que os monarcas se preocupam em como ligar a sociedade para remover as barreiras da violência contra pessoas negras no mundo. Os comentários são vistos pela imprensa internacional como uma forma de “reparar” as alegações de racismo feitas contra a família após o Príncipe Harry e a esposa dele, Meghan Markle, falarem em entrevista à apresentadora Oprah que os monarcas tinham “preocupações” em relação à cor da pele do primeiro filho do casal antes do bebê nascer.
Fonte: Jovem Pan