O FBI descobriu que um integrante do grupo de extrema direita, chamado Proud Boys, esteve em contato com uma pessoa ligada ao governo de Donald Trump nos dias anteriores ao ataque ao Capitólio em 6 de janeiro deste ano. A revelação foi feita neste sábado, 6, há exatamente dois meses depois do incidente, pelo “The New York Times”, periódico que cita fontes da polícia e detalha que as autoridades usaram registros telefônicos para localizar uma ligação entre o membro da organização extremista e alguém próximo ao então presidente. As informações não revelam os nomes de nenhuma das partes ou o conteúdo da conversa, que faz parte da investigação do FBI sobre contatos entre indivíduos e organizações de ultradireita envolvidas na invasão ao Capitólio, membros do governo anterior e legisladores conservadores.
Enquanto isso, o líder do Proud Boys, Enrique Tarrio, confirmou ao jornal que telefonou para Roger Stone, um colaborador próximo de Trump, enquanto estava em um protesto fora da residência do senador republicano Marco Rubio alguns dias antes do assalto à sede do Legislativo, mas a chamada que está sendo investigada é outra, de acordo com as fontes. Tarrio foi preso em 4 de janeiro por destruir uma bandeira do movimento “Black Lives Matter“ em uma histórica igreja afro-americana, e, portanto, não estava envolvido nos eventos no Capitólio.
No entanto, mais de 12 membros do grupo foram acusados, e acredita-se que o grupo estava em grande parte por trás da organização dos protestos que terminaram em violência no Capitólio depois que Trump encorajou seus apoiadores a rejeitar o resultado das eleições de novembro e se oporem à certificação da vitória de Joe Biden. Nos dias que antecederam a invasão, vários dos manifestantes estiveram em contato com legisladores republicanos, de acordo com registros telefônicos obtidos pelas autoridades. Contudo, não é mostrada qualquer chamada durante o assalto, segundo a fonte citada pelo “The New York Times”.
Fonte: Jovem Pan