Fiocruz entrega 5 milhões de doses da vacina de Oxford nesta sexta-feira

A remessa já deveria ter sido entregue, mas segundo o diretor de Biomanguinhos, Mauricio Zuma, a estratégia foi revista e as entregas serão feitas semanalmente

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) entrega nesta sexta-feira, 23, 5 milhões de doses da vacina de Oxford-AstraZeneca ao Plano Nacional de Imunização (PNI).  A remessa já deveria ter sido entregue, mas segundo o diretor de Biomanguinhos, Mauricio Zuma, a estratégia foi revista e as entregas serão feitas semanalmente, sempre as sextas-feiras. Em um seminário promovido pela entidade, Zuma atualizou o cronograma da fundação. Em abril, serão 19,8 milhões de doses entregues, maio 21,5 milhões, junho 34,2 milhões e em julho 22,1 milhões de doses. Segundo o diretor, a previsão se mantém desde que chegue o IFA, matéria prima utilizada para produção dos compostos. “Temos risco muito grande de falta de insumos no mercado internacional. Todo o mundo somos alertados por fornecedores da demanda e da possível falta de insumos. Está programado concluir as 100 milhões de doses a partir de 1 de julho e neste momento, ainda não temos garantia de que nós teremos nos meses d agosto e setembro.”

O encontro da Fiocruz também teve a participação do vice-presidente de produção e inovação em saúde da Fiocruz, Marco Krieger. Ele falou sobre o monitoramento das novas variantes, especialmente a P.1, originária de Manaus. Por enquanto, segundo ele, os dados não sugerem interferência da nova cepa na eficácia da vacina. “Mesmo frente às mutações, as respostas dos anticorpos contra a variante brasileira são quase tão efetivas quanto a variante normal, o que nos dá um nível de segurança muito bom”, disse. Outro tema presente na discussão foi o monitoramento da vacinação em escala. Depois de notificações de que a vacina de Oxford poderia estar relacionada a trombose, a imunização chegou a ser temporariamente suspensa em países da Europa. A cientista Cristiana Toscano, que é membro do Comitê de Especialistas em vacinas da Organização Mundial da Saúde (OMS), explicou que o risco para a vacina causar trombose é de 0,0004% e está relacionada a uma doença especifica. “É uma síndrome de trombose associado à trombocitopenia. Então coágulos sanguíneos associado a baixa de plaquetas no sangue.” Segundo Cristiana, há o relato de um caso em análise no Brasil. Atualmente, a Fiocruz produz, por dia, em média 900 mil doses de vacinas contra a Covid-19. Até o próximo mês a capacidade deve aumentar para mais de 1 milhão de doses.


Fonte: Jovem Pan

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