Fiocruz quer importar 2 milhões de doses e começar vacinação contra Covid-19 ainda em janeiro

O Reino Unido autorizou em 30 de dezembro o uso emergencial da vacina de Oxford/AstraZeneca contra o novo coronavírus, em regime de aplicação de duas doses completas, com intervalo de um a três meses

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) está articulando a importação de 2 milhões de doses prontas da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca para começar o calendário de imunização contra a Covid-19 ainda em janeiro. O laboratório brasileiro ainda informou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que irá pedir o aval para uso emergencial do produto na próxima semana. Em ofício de 31 de dezembro de 2020, a Fiocruz pede que a Anvisa libere a importação excepcional destas doses. A informação foi divulgada pela revista Veja e confirmada pelo jornal O Estado de S.Paulo. A ideia da Fiocruz era só entregar vacinas prontas em fevereiro. O insumo farmacêutico da vacina, que terá fases finais de produção feitas na Fiocruz, chegaria ao Brasil em janeiro. Entretanto, o laboratório disse à Anvisa que busca formas de antecipar a entrega do produto finalizado, “considerando o grave quadro sanitário” e a “aceleração dos números de mortes associadas à Covid-19”. Por isso, a estratégia passou a ser trazer algumas doses totalmente preparadas no exterior.

O Reino Unido autorizou em 30 de dezembro o uso emergencial da vacina de Oxford/AstraZeneca contra o novo coronavírus, em regime de aplicação de duas doses completas, com intervalo de um a três meses. Nos ofícios enviados à Anvisa, a Fiocruz não informa quantas pessoas pretende imunizar a partir dos dois milhões de doses, nem a data prevista para o início da campanha. O Ministério da Saúde afirma que, no melhor cenário, a vacinação começa em 20 de janeiro no País. A Anvisa estima que avaliará pedidos de uso emergencial de vacinas em no máximo dez dias.  A vacina que será fabricada na Fiocruz é a aposta do governo Jair Bolsonaro contra a Covid-19. A ideia é distribuir 210,4 milhões de doses em 2021, que serviriam para imunizar mais de 105 milhões de pessoas. Cerca de R$ 2 bilhões foram investidos para a compra de doses e transferência de tecnologia para a Fiocruz. No plano nacional de imunização, o governo prevê aplicar doses desta vacina em cerca de 50 milhões de brasileiros de grupos prioritários ainda no primeiro semestre.


Fonte: Jovem Pan

Comentários