A deputada federal Flordelis (PSD-RJ) chorou durante uma sessão de defesa na Comissão de Ética da Câmara dos Deputados realizada nesta terça-feira, 16. A parlamentar negou as acusações de que teria mandado matar o próprio marido, o pastor Anderson do Carmo, na cidade de Niterói, no Rio de Janeiro, em 2019. Durante seu discurso, Flordelis disse ser inocente, que era muito próxima de Anderson e afirmou estar sendo vítima de uma “perseguição implacável”. “Eu estou aqui hoje para ter um espaço para me defender e quero fazer isso olhando, mesmo por vídeo, nos olhos de vossas excelências e dizer que eu, Flordelis, sou inocente. Eu não mandei matar meu marido, eu não participei de nenhum ato de conspiração contra a vida do homem que foi meu companheiro por muitos anos, mais de 20 anos. Ele era muito mais do que meu marido, era meu amigo. Nós tínhamos uma cumplicidade enorme, viajávamos juntos, trabalhávamos juntos. Nós vivíamos juntos, nós éramos inseparáveis. Eu tenho sofrido demais uma perseguição implacável, uma desconstrução moral”, afirmou a deputada.
Em seguida, Flordelis continuou sua defesa, dizendo que sua vida e a rotina de sua família se transformou “em um caos” nos últimos dois anos e que ela estaria tendo sua vida violada. “O que está acontecendo é o assassinato da minha reputação, do meu nome, de forma violenta e desumana. Por quase dois anos, a minha vida e a vida da minha família, dos meus filhos pequenos, se transformou em um caos. A minha vida, por quase dois anos, foi violada através das redes sociais, através da imprensa e da mídia”, disse a deputada, que afirmou que não tem tido “um único momento de paz” e que a pressão em cima dela é “muito grande”.
Além disso, a deputada afirmou ter ciência de que deve satisfação à sociedade, mas disse que, antes de ser uma figura pública, é uma mulher e que possui o direito de ter sua “dignidade preservada”. “Eu sou uma parlamentar, sou uma pessoa pública. Eu sei que eu devo satisfação à sociedade, à mídia, eu devo satisfação ao parlamento. Mas, para além disso, antes de ser parlamentar, eu queria que vocês me olhassem como ser humano, como uma mulher, como mãe. Eu tenho o direito de ter a minha dignidade preservada. Eu sempre me submeti à Justiça e estou me submetendo à Justiça. Em nenhum momento destes dois anos eu tentei usar qualquer prerrogativa para parlamentar. Em nenhum momento eu fiz isso para fugir de responder ao Judiciário”, declarou.
Fonte: Jovem Pan