O novo presidente da Frente Parlamentar Evangélica, deputado federal Sóstenes Cavalcante, afirma que o foco para as eleições de 2022 é alcançar 30% do Congresso Nacional. Em conversa ao vivo com o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, nesta sexta-feira, 11, ele falou sobre a importância da representatividade no Legislativo. “Nosso foco será o aumento da bancada. Quando digo que temos que ter pelo menos 30% dos parlamentares é porque o parlamento é a representatividade da sociedade e lamentavelmente estamos sub-representados. Precisamos reorganizar as nossas bases para que possamos ter a representatividade do tamanho que é no país”, afirmou. Ainda sobre a disputa eleitoral deste ano, o deputado federal também minimizou qualquer possibilidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ou mesmo de outros candidatos da esquerda, de conquistar o amplo apoio dos cristãos e evangélicos do Brasil nas eleições presidenciais. Na avaliação do parlamentar, um dos motivos apontados para essa recusa à esquerda e ao Partido dos Trabalhadores (PT) são as “ofensas e ataques” aos valores cristão.
“Todos os nossos valores cristãos, durante os 14 anos de PT, foram atacados. Tenho noção que o cristão e evangélico não se deixará ser enganado nas eleições. O cristão consciente e preparado com conhecimento político jamais terá nenhuma chance de votar no PT e muito menos na esquerda”, reforça. Embora reconheça que temas como o aumento da inflação, alta dos combustíveis e a própria pandemia de Covid-19 reflitam em um desgaste do governo, Sóstenes Cavalcante avalia que o presidente Jair Bolsonaro mantém apoio dos religiosos. “Não existe nenhuma possibilidade de estar próximo ou empatado entre Lula e Bolsonaro. Eu ando, visito, converso com o segmento e garanto que em qualquer região do Brasil o presidente tem 70% de apoio.”
Essa base eleitoral, segundo o deputado federal, também é observada entre os parlamentares e membros da bancada evangélica no Congresso Nacional. De acordo com Cavalcante, mesmo que ainda seja preciso ampliar as conversas com os membros da Frente Parlamentar, a tendência é que as candidaturas estejam alinhadas com o chefe do Executivo. “Aproximação ideológica é uma realidade. Entendo que preciso ouvir os pares para em momento oportuno tomar uma decisão de como a ampla maioria vai caminhar com o presidente. É uma tendência natural.”